Gabriel Lopes Gonçalves Dias, filho do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula, general GDias, ganhou um cargo de chefia no Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
Na nova função, Gabriel Gonçalves Dias vai comandar a Assessoria Especial do ministro Márcio França. Gabriel trabalhava com França no Ministério dos Portos e Aeroportos, onde atuava como chefe da Assessoria de Assuntos Parlamentares e Federativos. Seu salário, de R$ 11,3 mil, deverá ser mantido.
Ele havia sido nomeado por Lula para o cargo em fevereiro deste ano, um mês após a invasão das sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro. As invasões motivaram a saída do pai de Gabriel, GDias, do governo.
Mensagens encontradas no telefone celular de GDias indicaram uma reunião entre Gabriel e o presidente da CPMI que investiga os atos de 8 de janeiro, deputado Arthur Maia. “Meu filho vai estar com Arthur Maia hoje”, disse GDias, às 7h40 do dia 13 de junho, a um de seus advogados.
Ele também relatou o encontro ao jornalista e gestor de crise Luís Costa Pinto. Ao ser informado de que o presidente da CPMI pautara sua convocação, Gonçalves Dias respondeu: “Meu filho vai estar hj com ele”.
Arthur Maia negou o encontro, mas disse ter comparecido a uma audiência no Ministério dos Portos e Aeroportos, onde Gabriel trabalhava. Maia afirmou que os dois “podem ter se encontrado no Ministério”, mas que não foram apresentados e não se conhecem.
Apontado como peça-chave nas investigações sobre os atos de 8 de janeiro, GDias prestou depoimento à CPMI criada pelo Congresso. Aos parlamentares, ele atribuiu as falhas na segurança a “informações divergentes” sobre o risco de invasões e à ineficiência da Polícia Militar do Distrito Federal.