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Começa neste domingo (22/5) o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O evento reúne líderes de países, banqueiros e empresários para discutir a economia global.
A previsão é de que 2,5 mil pessoas, incluindo autoridades, participem do evento até 26 de maio, quando o fórum será encerrado.
Tradicionalmente, o fórum econômico ocorre em janeiro de cada ano, mas em função da pandemia de coronavírus, ficou suspensa por dois anos. O tema da edição 2022 é: “A história num ponto de mudança: políticas governamentais e estratégias empresariais”.
Também serão abordados na edição deste ano os desafios econômicos impostos pela pandemia e a guerra na Ucrânia, que completará três meses nesta semana.
“A agressão da Rússia (…) aparecerá nos livros de história como o colapso da ordem nascida após a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria”, disse o economista Klaus Schwab, fundador do fórum.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km Getty Images
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia Andre Borges/Esp. Metrópoles
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta OTAN/Divulgação
Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território AFP
Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo Vinícius Schmidt/Metrópoles
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A presença do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, está confirmada no evento de forma virtual. Ele deve participar do fórum nesta segunda-feira (23/5).
A Rússia, por outro lado, não foi convidada para Davos. É a primeira vez que o país não terá representantes no evento desde o fim da União Soviética.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) escalou os ministros Paulo Guedes (Economia) e Marcelo Queiroga (Saúde) para representar o Brasil no encontro mundial. O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), Gustavo Montezano, também estará presente.
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