São Paulo – Com a disparada do preço do diesel e a passagem congelada, o subsídio pago pela Prefeitura de São Paulo para manter o sistema de ônibus na capital paulista atingiu valor recorde em 2022.
Ao todo, a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) pagou R$ 4,89 bilhões para subsidiar o sistema, um valor 39,7% maior do que os R$ 3,5 bilhões gastos nos anos anteriores, sem considerar a inflação.
O dado foi informado pela SPTrans, responsável pela gestão do sistema de transporte público municipal.
“O subsídio é necessário para manter a tarifa em valor que tenha o menor impacto possível para a população e para bancar as gratuidades do sistema”, afirma a SPTrans, em nota.
Segundo os dados da companhia, um total de 1,8 bilhão de embarques de passageiros foram registrados no sistema de janeiro a novembro de 2022. No mesmo período de 2019, antes da pandemia, haviam sido 2,4 bilhões.
Tarifa zeroO recorde de gasto com o sistema de transporte acontece em meio a negociações de Ricardo Nunes para adotar tarifa zero, em estudo na capital paulista. Os ônibus têm custos mínimos estimados em R$ 10 bilhões por ano.
Para 2023, a SPTrans conta até o momento com R$ 3,7 bilhões encaminhados pela Secretaria Municipal da Fazenda. Esse montante é destinado a cobrir descontos em integrações do Bilhete Único, o sistema público de passe, além de gratuidades para idosos, estudantes de baixa renda e pessoas com deficiência.
Ricardo NunesApós empresas prestadoras de serviço alegarem aumento de custos, ao menos 10 cidades da Grande São Paulo já anunciaram aumento na passagem de ônibus para 2023. Na capital, no entanto, o preço está mantido em R$ 4,40.
“Além de ter uma das tarifas de transporte mais acessíveis da Região Metropolitana e do país, São Paulo é uma das únicas cidades que também permitem utilizar até quatro ônibus em um período de até três horas”, diz a SPTrans.