Aquele que vinha sendo falado desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu oficialmente, enfim, como ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O general da reserva do Exército Marcos Antônio Amaro dos Santos teve o nome publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (4/5).
General Amaro era palpite certo desde que Gonçalves Dias pediu demissão do cargo, em 19 de abril. Dias deixou o governo após imagens do circuito interno da Presidência da República mostrarem sua atuação e a de servidores do GSI durante a invasão golpista de 8 de janeiro. Interinamente, Ricardo Cappelli assumiu o órgão – o retorno dele como secretário-executivo do Ministério da Justiça também saiu no DOU desta quinta.
Enquanto esteve no cargo, Cappelli chefiou uma “desbolsonarização” na pasta, com a exoneração de 29 servidores do GSI, incluindo três dos quatro secretários nacionais que atuavam no órgão. Outros 58 funcionários também foram demitidos.
Ainda na quarta-feira (3/5), o presidente Lula se reuniu pela manhã, no Palácio do Planalto, com Amaro e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Depois, Lula almoçou com Amaro e outros generais do Alto Comando do Exército e anunciou a decisão. A posse do general está marcada para as 9h desta quinta. A cerimônia ocorrerá no Palácio do Planalto.
À noite, Cappelli foi às redes sociais agradecer o presidente Lula a “missão” e “confiança” para chefiar a pasta.
Veja:
Missão cumprida. Agradeço mais uma vez ao presidente @lula e ao ministro @FlavioDino pela confiança. Retorno ao meu posto no @JusticaGovBR . Obrigado pelas milhares de mensagens de apoio. Sempre pronto para servir ao Brasil. pic.twitter.com/j8QJhcwIql
— Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) May 3, 2023
Status de ministérioApós a repercussão das imagens do 8 de janeiro, o movimento para que o Gabinete de Segurança Institucional perca o status de ministério voltou a ganhar força. A ideia era que o GSI tivesse a estrutura reformulada, virando uma secretaria especial.
A reformulação do GSI passou a ser aventada ainda na transição de governo, no ano passado. O problema central era a desconfiança do então governo eleito em relação aos agentes do GSI da gestão de Jair Bolsonaro (PL).
O presidente Lula, porém, optou por não reformular a estrutura do órgão e manter o GSI com o status de ministério.