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Geração nem-nem: JP Ponto Final debate sobre as medidas para reverter a evasão escolar

O programa JP Ponto Final, comandado por Claudio Dantas, diretor de jornalismo da Jovem Pan News, em Brasília, debateu neste sábado, 27, sobre o impacto econômico e social da geração nem-nem, a evasão escolar e as medidas para reverter essa tragédia civilizatória. Os convidados desta edição foram o deputado federal, Professor Reginaldo Veras (PV-DF), que é integrante da Comissão de Educação da Câmara; a gerente nacional do programa de  aprendizagem do CIEE, Elaine Bancalá; e o assessor econômico da Fecomércio de São Paulo, Fábio Pina. Questionados se há uma solução simples para resolver os problemas do setor, os participantes concordaram que é preciso uma série de ações para tratar da complexidade do tema. 

O Governo Federal lançou nesta sexta-feira, 26, o programa “Pé-de-Meia”, que prevê o pagamento de uma bolsa permanência no ensino médio de R$ 2.000 por mês para 2,5 milhões de alunos de baixa renda, com o objetivo de manter o estudante matriculado e frequente na sala de aula. O deputado defendeu a iniciativa do governo e apontou que seria interessante que os jovens pudessem se qualificar para o mercado de trabalho enquanto estão no ensino médio. “Via de regra, determinados setores da economia demandam uma mão de obra cuja qualificação não está disponível no mercado.” iniciou o deputado “Jovem hoje está no ápice da energia, se ele pudesse fazer em um turno a escola, em outro turno o “Jovem Aprendiz”, e ainda ter um tempo para ele se qualificar, seja no Sistema S, seja em qualquer outro modelo que o governo adotar, seria interessante. A gente partiria de 3 polos para formar um estudante completamente preparado para o mercado de trabalho.” finalizou. 

Pina afirmou que o programa é “louvável”, mas que é preciso fazer a análise dos resultados e que as dificuldades na formação dos jovens podem ser outras. “Acho que a gente está perdendo muito tempo buscando formas mirabolantes, investir na educação é necessário, mas o dinheiro não é ilimitado então a gente tem que saber qual o resultado que ele (estudante) está tendo dentro da escola, ele está aprendendo alguma coisa que vai servir pra ele? Os números mostram que não, então a gente tem que investir em professores, estrutura e na qualidade do que está sendo ensinado lá dentro”, pontuou o assessor econômico. Em relação ao programa Jovem Aprendiz, Bancalá informou que 67% dos participantes são efetivados no mercado de trabalho. “Favorece tanto o jovem, que precisa continuar o estudo e o trabalho; quanto a empresa que o contrata”, disse a gerente nacional de aprendizagem do CIEE.

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