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Golpe do Pix: polícia divulga conteúdo de depoimentos de Marcelo Castro e Jamerson

A Polícia Civil divulgou, nesta sexta-feira (19), o conteúdo dos depoimentos dos jornalistas Marcelo Castro e Jamerson Oliveira, suspeitos da fraude que consistia em arrecadar doações para pessoas em estado de vulnerabilidade social, sem repassar o valor para as vítimas.

Leia mais: Marcelo Castro e Jamerson Oliveira são ouvidos pela polícia

Os dois foram ouvidos na quinta (18), na Delegacia de Repressão aos Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber). Em seus depoimentos, ambos informam que houve movimentação financeira entre eles. No entanto, ambos justificam que tal movimentação foi em razão de um empréstimo em dinheiro vivo de dezenas de milhares de reais a um amigo de infância de um deles, que é um dos titulares de chaves Pix utilizadas na fraude.

Foi ouvido também o dono da conta bancária ligada à chave Pix que apareceu na tela da RecordTV Itapoan, no caso que contou com a ajuda de um jogador de futebol. Este titular afirmou que emprestou sua conta para o amigo de infância de um dos jornalistas, fornecendo à Polícia, inclusive, seus extratos bancários. “Verificou-se que há uma grande divergência entre o valor total doado e a quantia repassada: houve apropriação de cerca de R$ 70 mil provenientes destas doações, valor do qual a contribuição do jogador não fazia parte”, informou a polícia. Os demais titulares das chaves Pix são pessoas ligadas, direta ou indiretamente, a esse amigo de infância de um dos jornalistas.

Ainda de acordo com a Civil, um dos jornalistas alegou que a entrada do montante em sua conta tinha origem no fato de que pessoas pagavam para ter seus nomes citados no ar e que mentia ao citar os nomes dessas pessoas como doadoras. Segundo afirmaram os dois, o valor pago por essas pessoas era dividido entre ambos. Além disso, em relação à entrada de dinheiro em suas contas proveniente da conta do amigo de infância de um deles, a dupla justifica que tratava-se do pagamento dos empréstimos feitos em dinheiro vivo.

A Polícia Civil declarou que inquérito está em andamento e encaminha-se para a conclusão.

Relembre o caso
O caso veio à tona após a equipe do jogador de futebol baiano, Anderson Souza Conceição, mais conhecido como Anderson Talisca – que atualmente joga pelo Al-Nassr – cobrar informações sobre uma doação que teria sido feita por ele. Sensibilizado com a história de uma criança, o atleta teria doado cerca de R$ 70 mil.

Em nota enviada ao CORREIO no dia 11 de março, o diretor de jornalismo da TV Itapoan, Gustavo Orlandi, confirmou que a empresa investigava a denúncia de que funcionários da organização teriam desviado dinheiro de doações feitas por telespectadores através de pix.

“A RecordTV Itapoan, assim que recebeu as denúncias, apura os fatos e tomará todas as medidas legais cabíveis para o caso”, disse, por email. O esquema funcionava através do programa Balanço Geral. Pessoas em dificuldade relatavam seus casos na atração televisiva, comovendo o público, que fazia doações via Pix.

Depois da descoberta, o caso então passou a ser investigado pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber), que também está analisando depoimentos, matérias jornalísticas, vídeos e prints de redes sociais.

Marcelo Castro se pronuncia publicamente

O repórter Marcelo Castro, um dos investigados pela Polícia Civil no ‘Golpe do Pix da Record’, afirmou que os R$ 70 mil enviados pelo jogador de futebol Talisca para a mãe da criança que estava doente caíram na conta da mulher. 

“O advogado de Talisca me ligou e perguntou onde eu botaria o dinheiro. Os 70 mil que ele botou caiu em 5 minutos na conta da mulher. A criança, no dia seguinte, morreu porque a médica do hospital não quis aplicar a injeção, parece”, afirmou o jornalista em entrevista ao canal Sem Censura TV. A entrevista foi ao ar na noite do último dia 10.

Questionado sobre a viagem que fazia a Dubai quando o caso veio a público, Marcelo Castro disse que ainda está pagando a passagem, que “dividiu em 10 vezes”.

“A viagem estava programada com minha família para visitar meu irmão, que mora lá. Depois, minha noiva entrou na minha vida e comprou também a passagem. De repente lá recebi a mensagem que me acusaram de aplicar um golpe. A empresa falou ‘Quando vc voltar de férias a gente conversa’ e já fui procurar meus advogados”.

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