O Google estava em negociações para investir US$ 110 milhões em apoio à indústria jornalística da Califórnia, mas condicionou esse aporte à colaboração dos contribuintes, que precisariam contribuir com dezenas de milhões de dólares. A deputada estadual Buffy Wicks, envolvida nas discussões, buscou a ajuda do governador Gavin Newsom para garantir US$ 70 milhões provenientes do estado, mesmo diante de um déficit orçamentário. O acordo, que foi finalizado no final de agosto, ainda requer a elaboração de algumas cláusulas. Wicks destacou que essa estrutura representa um passo significativo e que é apenas o início de um esforço para fortalecer o jornalismo na Califórnia. O Google, por sua vez, defendeu a necessidade de financiamento público como um modelo para futuras negociações em outros estados.
Embora o acordo tenha sido considerado um avanço, ele não atendeu a uma proposta mais robusta que visava cobrar do Google centenas de milhões de dólares anualmente para sustentar a indústria de notícias. As negociações privadas resultaram em um acordo que ajudou a gigante da tecnologia a evitar um desfecho financeiro que poderia influenciar legisladores em todo o país. Apesar dos elogios de Wicks, do Google e do governador, a reação na indústria jornalística foi mista. Muitos críticos apontaram que o estado falhou em obter um valor mais substancial da empresa de tecnologia. Outros, no entanto, acreditam que o aporte financeiro é o melhor resultado possível em uma disputa com uma das corporações mais valiosas do mundo.
Na Califórnia, foram apresentados dois projetos de lei com o objetivo de gerar recursos para o jornalismo, incluindo a proposta de um “imposto de link” sobre as empresas de tecnologia. A indústria de notícias nos Estados Unidos enfrenta um declínio acentuado, com mais de 2.900 jornais fechando suas portas desde 2005, o que é considerado crucial para garantir uma cidadania bem informada em uma democracia saudável.
Publicado por Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA