O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, assinou uma portaria nesta quinta-feira (10/8) que limita as operações do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. A medida prevê a transferência de voos de um raio maior que 500km para o aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador, e passa a valer a partir de janeiro de 2024.
O deslocamento foi uma demanda do governo estadual e da prefeitura do Rio, na tentativa de tentar estimular a demanda do Galeão, que sofre com a queda do volume de passageiros.
Além da restrição no raio de atuação do aeroporto, o Santos Dumont terá a sua capacidade operacional reduzida a partir de outubro. Cada companhia aérea deve reduzir de 30% a 35% oferta de voos no aeroporto que o aeroporto termine o ano de 2023 com no máximo 10 milhões de passageiros.
A portaria foi assinada em cerimônia com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante visita do mandatário à capital fluminense. Nesta tarde, Lula visita as obras do novo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa Tech) no Porto Maravilha, no Rio.
“Não é preciso ser engenheiro para saber que não tem sentido um aeroporto ficar paralisado porque as pessoas, por comodidade, querem sair do Santos Dumont. O Galeão foi construído pra ser o aeroporto internacional, para ser a entrada de qualquer estrangeiro que quisesse vir aqui para o Brasil”, explicou Lula.
Galeão x Santos Dumont Os maiores aeroportos do Rio de Janeiro enfrentam um grande desequilíbrio em relação ao número de voos. Enquanto o Aeroporto Santos Dumont, no Centro, opera no limite da sua capacidade, o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador, tem perdido cada vez mais na movimentação de passageiros.
Para combater o esvaziamento do Galeão, o ministro Portos e Aeroportos, Márcio França, determinou que a operação do Santos Dumont não ultrapasse o limite de 10 milhões de passageiros em 2023.