O governo Lula confirmou, na manhã deste domingo, 16, que os Emirados Árabes Unidos aceitaram o pedido de extradição do empresário Thiago Brennand, acusado de estupro e agressão. A informação havia sido antecipada, no sábado, 15, pela TV Globo. “A Secretaria Nacional de Justiça, através do DRCI [Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional], autoridade central em casos de extradição, confirma que o pedido feito em desfavor de Thiago Brennand foi concedido pelos Emirados Árabes. O procedimento segue seus trâmites regularmente e ainda não há previsão de quando o extraditando chegará ao Brasil”, afirma o órgão, comandado pelo advogado Augusto de Arruda Botelho, em nota divulgada à imprensa. Brennand está preso em Abu Dhabi desde outubro de 2022, porque seu nome entrou na lista de procurados pela Interpol.
Há cinco mandados de prisão preventiva contra o empresário no Brasil. Ele é acusado de agredir uma modelo, sequestrar e tatuar outra mulher, além de estuprar outras duas vítimas. Brennand também responde a acusações de agredir o próprio filho, de 17 anos. Ele nega as acusações, apesar de câmeras de segurança de uma academia de luxo em São Paulo terem flagrado a agressão a uma mulher. Na madrugada deste domingo, no horário de Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a extradição de Brennand. “A única coisa que eu sei é que, se no mundo existir um milhão de cidadãos como esse, todos devem ser punidos, porque não é humanamente aceitável que um brutamontes desse seja um agressor de mulheres. Eu acho que ele tem que pagar”, disse em coletiva de imprensa. O mandatário brasileiro negou, no entanto, que tenha tratado deste assunto com o presidente dos Emirados Árabes, Mohammed Al Nahyan. “Na verdade não foi um assunto tratado com sua alteza, o xeque Mohammed”, disse.