A Casa Civil da Presidência publicou numa edição extra do Diário Oficial da União, na noite desta sexta-feira (20/10), a demissão dos servidores Eduardo Izycki e Rodrigo Colli da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Os dois foram presos hoje por ordem de Alexandre de Moraes, no âmbito da investigação sobre o monitoramento ilegal pela Abin de advogados, jornalistas, ministros do STF e adversários políticos de Jair Bolsonaro.
Segundo a Casa Civil, a decisão foi tomada “após constatada a participação, na condição de sócios representantes da empresa ICCIBER/CERBERO, de pregão aberto pelo Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro”.
“O pregão tinha por objeto a aquisição de solução de exploração cibernética e web intelligence capaz de realizar coleta de dados e diversas fontes da internet”, explicou a Casa Civil em nota.
Segundo o ministério, os servidores incorreram em três infrações administrativas: violação de proibição em atuação em gerência e administração de sociedade empresária; improbidade administrativa por violação de dever mediante conduta tipificada em lei como conflito de interesse; e violação do regime de dedicação exclusiva a que se submetem todos os ocupantes do cargo de oficial de inteligência da Abin.