Parte do governo Lula (PT) bate cabeça para enviar ao Congresso Nacional um pacote de corte de gastos para o Orçamento de 2025. Indicado pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, um reajuste na previdência dos militares pode ter o presidente como o principal adversário.
Isso porque o petista não quer criar indisposição com as Forças Armadas em um momento em que a relação entre governo e caserna está “pacificada”. Segundo avaliação de interlocutores do Palácio do Planalto, esse é o melhor momento entre militares e civis desde o 8 de Janeiro.
Mesmo assim, a CGU (Controladoria-Geral da União) deve conduzir um relatório sobre o plano de aposentadoria dos militares, a pedido do Ministério do Planejamento. A pasta deve examinar dois determinados aspectos:
Eficiência: avaliar se os recursos estão sendo utilizados de maneira eficiente e econômica, e; Impacto Fiscal: analisar o impacto fiscal das despesas com a previdência dos militares no orçamento federal. Em contrapartida, os militares já foram avisados pelo ministro da Defesa, José Múcio, que devem elaborar uma resposta à investida de parte do governo contra a aposentadoria das Forças Armadas. Os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica devem produzir um relatório sobre os benefícios da previdência, conforme a Folha de S.Paulo antecipou.
A ideia é que a Defesa tenha um planejamento de corte mais simpático aos militares. Ao ter uma proposta de menor impacto, as Forças Armadas estariam protegidas de qualquer reajuste mais “agressivo”.