Ministro da Fazenda disse ser ‘natural’ a posição contrária de alguns parlamentares da base do governo sobre o novo marco fiscal
TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou o resultado da votação do arcabouço fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou nesta quarta-feira, 24, a aprovação do texto-base do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados na noite de ontem. O relatório do deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA) recebeu 372 votos a favor, 108 contras e 1 abstenção. “Placar expressivo, né? O que se mostrou ontem é que é possível um bom projeto você angariar com apoio expressivo dos parlamentares”, disse Haddad na chegada ao Ministério da Fazenda nesta manhã. Segundo Haddad, a votação é um indicativo de que a reforma tributária também tem grandes chances de ser aprovada pelos deputados. “Isso também nos dá muita confiança de que a reforma tributária é a próxima tarefa a cumprir. O presidente Arthur Lira deixou ontem no almoço muito claro que pretende votar a reforma tributária na Câmara no primeiro semestre”, afirmou.
Questionado sobre o fato de parlamentares de partidos da base do governo, como a Rede e o Psol, terem votado contra as mudanças na regra fiscal, Haddad disse ser ‘natural’ debates sobre sobre os parâmetros do projeto. “Não é fácil você conseguir um placar desse, 372 votos contra, e centro e poucos. Isso significa que o relator fez um grande esforço de encontrar um ponto de equilíbrio. E um ponto de equilíbrio num Congresso tão heterogêneo vai acabar desagradando algumas pessoas.”