O homem que foi retirado da ambulância e morto na porta da emergência do Hospital Teresa de Lisieux na Avenida ACM, bairro do Itaigara, na noite deste sábado (1), era suspeito de envolvimento na morte do policial militar Gleidson Santos de Carvalho, de 33 anos, assassinado no Parque Bela Vista, em maio deste ano. O PM foi baleado durante um assalto dentro de uma loja. Paulo Vitor Santos Soares foi retirado da ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) assim que chegou para ser atendido, por volta das 21h. Segundo ambulantes que trabalham no entorno do hospital, ele era conhecido como Manga e fazia parte do Comando Vermelho (CV), facção que controla o tráfico no Complexo do Nordeste de Amaralina. “Ele era da Chapada do Rio Vermelho e o comentário é que o rapaz tinha alguma ligação com a morte do PM no Parque Bela Vista”, diz o dono de uma barraca. “Uns falam que os policiais já estavam ontem mais cedo atrás de gente ligada na morte do soldado”, complementou ambulante. Um funcionário do hospital disse que nada sabia, pois tinha iniciado o plantão às 7h deste domingo (2). No entando, um outro empregado relatou que um colega ouvi os disparos. “Foram cinco pipocos. Estavam na cola, porque assim que a ambulância parou em frente à emergência, o cara foi retirado e colocado no meio-fio e atiraram”, contou ele. No fundo do hospital há vários edifícios e os moradores ficaram apavorados. “Foi uma rajada que todo mundo correu pra varanda. Foi uma coisa de louco”, disse um homem que passava na hora, que reside um dos prédios. “Só se comenta isso, porque aqui nunca houve casos do tipo. Ficamos horrorizados. Só conseguimos dormir bem depois”, disse a mulher dele. Segundo a Polícia Civil, Paulo Vitor estava sendo socorrido pelo Samu depois de ficar ferido em uma troca de tiros com policiais militares no bairro de Santa Cruz. Não há detalhes sobre essa ocorrência. Quando a ambulância já estava perto da unidade de saúde, foi interceptada por homens em duas motos. Ao sair do veículo, a vítima, que tinha passagem por tráfico de drogas, foi executada, segundo nota da Polícia Civil. O caso será investigado pela 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico). Equipes da 35ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Iguatemi) estiveram no local depois da deúncia e isolaram a área. Os suspeitos não foram localizados.