InícioEditorialPolítica NacionalCom chuvas, talvez precisemos importar arroz e feijão, diz Lula

Com chuvas, talvez precisemos importar arroz e feijão, diz Lula

O presidente citou os impactos que as enchentes no Rio Grande do Sul podem ter nos preços do agronegócio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (foto) concedeu entrevista a rádios no programa “Bom dia, Presidente”, da EBC reprodução/“EBC” – 7.mai.2024

PODER360 7.mai.2024 (terça-feira) – 10h23

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 3ª feira (7.mai.2024) que, por causa das chuvas no Rio Grande do Sul, o Brasil pode precisar importar arroz e feijão para colocar “na mesa do brasileiro” um produto com um preço compatível “com o que ele ganha”. O chefe do Executivo deu a declaração em entrevista a rádios no programa “Bom dia, presidente”, da EBC. 

Dados da CNM (Confederação Nacional de Municípios) indicam que as enchentes causaram, de 29 abril de 2024 até a 2ª feira (6.mai.2024), mais de R$ 967,2 milhões em prejuízos financeiros. Desse valor, R$ 423,8 milhões são na agricultura. 

Lula foi questionado sobre ações do governo para mitigar os efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul no setor do agronegócio. Disse que, antes das enchentes, já tinha feito uma reunião com os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Carlos Fávaro (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para falar do preço do arroz e do feijão. Segundo o presidente, os ministros afirmaram que a área plantada “estava diminuindo” e havia um atraso nas colheitas do Rio Grande do Sul. 

“Agora com as chuvas, eu acho que nós atrasamos de vez a colheita do Rio Grande do Sul. Portanto, se for o caso, para equilibrar a produção, a gente vai ter de importar arroz, a gente vai ter de importar feijão, para que a gente coloque na mesa do brasileiro [um produto] com o preço compatível com aquilo que ele ganha”, afirmou Lula. 

O presidente já havia falado na possibilidade de importar arroz. Em 26 de abril, disse que tinha dado “uma vacilada” de não comprar o produto mais barato na Venezuela.

Os R$ 423,8 milhões de prejuízo na agricultura, divulgados pela CNM, dizem respeito a “apenas 25 municípios” dos 336 que tiveram o estado de calamidade pública decretado –ou seja, o valor total tende a ser bem maior. Segundo a confederação, “o foco ainda é em salvar vidas” e, por isso, a maioria das cidades não conseguiu contabilizar os dados. 

AGRO Lula criticou “quem reclama” do agronegócio em seu governo. Segundo ele, “qualquer cidadão honesto do agronegócio vai reconhecer” que “nunca antes na história” do Brasil houve um plano Safra como o feito para 2023 e 2024. 

“As pessoas podem se queixar de alguma coisa, mas o agronegócio sabe perfeitamente bem que nunca eles foram tão bem atendidos”, disse o presidente. “De janeiro de 2023 a maio de 2024, nós já abrimos 106 mercados novos para a carne brasileira”, acrescentou. 

“O pessoal do agronegócio nunca teve tanta facilidade de recurso como tem agora, nunca. Até dinheiro em dólar pelo BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] nós emprestamos”, continuou, citando também o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). “E as coisas só tendem a melhorar”, completou. 

Segundo Lula, “ninguém pode reclamar de recursos do governo federal”, pois eles “não faltam”. 

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