Depois da alta de 1,06% em abril, a inflação no país caiu para 0,47% em maio. Mesmo com a desaceleração do IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, medido pelo IBGE, a taxa acumulada de janeiro a maio já é de 4,78%. O índice supera a meta estabelecida pelo governo para todo ano, de 3,5%, com tolerância de 1,5%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em maio. Destaque para Vestuário e Transportes.
No primeiro, os preços das roupas, calçados e acessórios femininos, masculinos e infantis subiram mais de 2% em relação a abril.
No grupo Transportes, o que impressionou foi a alta de 18% nas tarifas das passagens aéreas. Isso, depois de terem subido quase 10% em abril. O gerente do IPCA, Pedro Kislanov, atribui à alta à elevação dos custos, devido ao aumento nos preços dos combustíveis; e à pressão de demanda, diante do aumento do consumo, após um período de demanda reprimida por serviços.
Já os alimentos puxaram a inflação de maio para baixo. A taxa ficou em 0,48% frente ao índice de 2,06% de abril. E isto aconteceu em função do outono-inverno, período mais seco e que permite aumentar a oferta de alimentos e reduzir os preços.
Os combustíveis também tiveram desaceleração em maio, após altas expressivas nos preços das refinarias em março, repassadas para o consumidor final.
Habitação foi o único grupo a apresentar queda no mês passado por causa da redução nas contas de energia, pelo segundo mês seguido.
Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 11,73%, abaixo dos 12,13% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Economia Rio de Janeiro 09/06/2022 – 12:05 Leila Santos – Marizete Cardoso Cristiane Ribeiro – Repórter da Rádio Nacional inflação Maio IBGE quinta-feira, 9 Junho, 2022 – 12:05 2:31