O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) apresentou variação de 0,52% em maio, bem abaixo da taxa de 1,41% registrada no mês de abril. Com este resultado, divulgado nesta segunda-feira pela Fundação Getúlio Vargas, o indicador acumula alta de 7,54% no ano.
O coordenador dos Índices de Preços da FGV André Braz explicou que o recuo do IGP-M em maio deve-se à desaceleração nos preços do atacado. Destaque para a variação da energia elétrica, que passou de 1,53% em abril para 0,35% em maio, e os combustíveis fósseis, como a gasolina e o diesel. A taxa passou de 10,80% para 0,01% no mesmo período.
Braz citou, ainda, a contribuição de outras commodities, como o minério de ferro, o farelo de soja, o milho e os bovinos, que também apresentaram queda nos preços em maio.
Na avaliação do economista, estas quedas nos preços no atacado são importantes, porque o IGP-M é um bom antecipador das pressões inflacionárias que ainda vão chegar no varejo.
Braz lembrou que não tem mais a grande diferença que se acumulou nos últimos dois anos entre o IGP-M, que era usado para o reajuste dos aluguéis, e o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE e usado como referência para a inflação oficial do país.
Em maio de 2021, o IGP-M havia subido 4,10% e acumulava alta de 37,04% em 12 meses.
Economia Rio de Janeiro 30/05/2022 – 12:03 Leila Santos/Edgard Matsuki Cristiane Ribeiro – Repórter da Rádio Nacional FGV IGP-M segunda-feira, 30 Maio, 2022 – 12:03 2:35