O primeiro vice-presidente do Irã, Mohammad Reza Aref, disse nesta segunda-feira (11) que há uma expectativa mundial de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, encerre os conflitos de Israel com os grupos terroristas Hamas e Hezbollah. Ele afirmou, ainda, que os EUA são os principais apoiadores das ações israelenses. “O governo americano é o principal defensor das ações do regime sionista [Israel] e o mundo espera a promessa do novo governo americano de pôr fim imediatamente à guerra contra as populações inocentes de Gaza e Líbano”, disse em uma cúpula conjunta em Riad, na Arábia Saudita, da Liga Árabe e da Organização de Cooperação Islâmica.
Mohammad Reza Aref também criticou as mortes de terroristas do Hamas e do Hezbollah, classificando-as como um exemplo de “terrorismo organizado”. “As operações de assassinato seletivo não são nada além de ilegalidade e terrorismo organizado, e transformam o aparato de segurança em uma ferramenta para matar líderes e cidadãos dos países”, disse.
As declarações surgem em um contexto de investigações de promotores federais norte-americanos sobre planos de agentes do Irã para assassinar Trump. Um dos agentes relatou que foi designado em setembro para executar o plano pela Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, de acordo com documentos judiciais. O suposto conspirador afirmou a um funcionário da Guarda Revolucionária que esse plano custaria uma quantia “enorme” de dinheiro.
O homem que os promotores disseram ter sido encarregado do plano para matar Trump é Farhad Shakeri, de 51 anos, que está foragido e os promotores acreditam que ele mora no Irã. Dois outros homens foram presos no caso e enfrentam acusações de conspiração: Carlisle Rivera, de 49 anos, do Brooklyn, e Jonathan Loadholt, de 36 anos, de Staten Island.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã refutou as alegações feitas pelos Estados Unidos, considerando-as “totalmente infundadas”. “O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Esmail Baghai, considera completamente infundadas as acusações de que o Irã está envolvido numa tentativa de assassinato contra antigos e atuais funcionários dos EUA e rejeita-as”, argumentou em comunicado. Este não é um incidente isolado. Teerã já tentou anteriormente eliminar Trump, principalmente, após a morte do general Qassim Suleimani, ordenada pelo presidente americano em 2020.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Carol Santos