Vínculo com outras companhias poderia ser um empecilho para que o senador fosse nomeado para o comando da estatal brasileira de petróleo
Fernando Frazão/Agência Brasil
Fachada da sede da Petrobras, que fica na cidade do Rio de Janeiro
Indicado para ser o futuro presidente da Petrobras, o senador Jean Paul Prates (PT) já iniciou o processo de desligamento e desvinculação das empresas que é sócio. Isso poderia ser uma restrição para que ele efetivamente assumisse o comando da principal empresa pública brasileira pois esta vedação está prevista no estatuto da companhia e na Lei das Estatais. Prates alega que as empresas já estão inativas e nem haveria a necessidade dele se desfazer das participações societárias e que está fazendo isso em nome da transparência. Dentro da Petrobras, a leitura é de que o ideal seria que o senador se desfizesse definitivamente de suas participações societárias. Nesta semana, o governo comunicou informalmente que indicou o parlamentar para ser o futuro presidente da estatal. Ainda faltam trâmites burocráticos e ritos com a Casa Civil para que a indicação chegue oficialmente à Petrobras.
Também nesta semana, o então presidente Caio Paes de Andrade renunciou ao mandato antes do fim, previsto para abril deste ano. O executivo não é mais presidente da empresa e nem conselheiro. O diretor de Desenvolvimento da Petrobras, João Henrique, segue interinamente no cargo de CEO da estatal brasileira de petróleo. Jean Paul Prates tem dito que não pretende promover nenhum tabelamento ou congelamento de preços de derivados de petróleo.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga