Ex-presidente é acusado de esconder propositalmente documentos confidenciais depois de deixar Casa Branca
Na decisão, a juíza citou questões pendentes relacionadas ao tratamento de informações confidenciais e à necessidade de preparativos adicionais como justificativa Reprodução/Gage Skidmore (via Flickr) – 31.out.2023
PODER360 7.mai.2024 (terça-feira) – 23h34
atualizado: 8.mai.2024 (quarta-feira) – 1h25
A juíza distrital dos Estados Unidos Aileen Cannon adiou nesta 3ª feira (7.mai.2024) o julgamento do ex-presidente norte-americano Donald Trump por tempo indeterminado. O republicano é acusado de esconder propositalmente em sua residência na Flórida documentos confidenciais depois de deixar a Casa Branca. Eis a íntegra da decisão (PDF – 140 kB, em inglês).
Na decisão, a juíza citou questões pendentes relacionadas ao tratamento de informações confidenciais e à necessidade de preparativos adicionais como justificativa. Essa mudança no cronograma pode beneficiar Trump, cujos advogados haviam solicitado o adiamento do julgamento para depois da eleição presidencial, prevista para 5 de novembro.
O julgamento de Donald Trump na Flórida estava inicialmente marcado para começar em 20 de maio. A decisão tomada pela juíza destaca uma mudança significativa no cronograma de procedimentos pré-julgamento, com a última audiência agendada para 22 de julho.
Trump enfrenta 88 acusações criminais em 4 tribunais distintos, incluindo um julgamento na Suprema Corte de Manhattan por realizar um pagamento secreto à estrela pornô Stormy Daniels. Além disso, ele é acusado de conspirar para anular sua derrota nas eleições de 2020 em Washington D.C., e enfrenta acusações de interferência eleitoral na Geórgia.
Apesar dos problemas judicias, Donald Trump tem 49% das intenções de voto, contra 43% do presidente Joe Biden, de acordo com dados de uma pesquisa encomendada pela CNN e realizada pelo SSRS, divulgada em 28 de abril.
ENTENDA O CASO Trump enfrenta 37 acusações por manter arquivos confidenciais sob sua posse depois de deixar a Casa Branca, em 2021. Elas incluem crimes como conspiração para obstruir a justiça, retenção e ocultação de documentos.
Os arquivos supostamente retidos por Trump incluíam informações sobre o programa nuclear secreto dos EUA e possíveis vulnerabilidades no caso de um ataque, segundo a acusação federal.
Além disso, os materiais teriam vindo do Pentágono, da CIA (Agência Central de Inteligência), da NSA (Agência de Segurança Nacional) e de outras agências de inteligência. Eles teriam sido levados para Mar-a-Lago e para o clube de golfe de Trump em Nova Jersey.
O ex-presidente se declarou inocente das acusações. Afirmou ainda que os indiciamentos são o “mais maligno e hediondo abuso de poder da história” de seu país.
