A Justiça do Rio de Janeiro autorizou a quebra de sigilo de dados dos envolvidos em um escândalo de infecção por HIV em pacientes transplantados. Esta medida visa aprofundar as investigações sobre um caso alarmante que envolve a Secretaria de Saúde do Estado. Até o momento, seis pessoas testaram positivo para HIV após receberem órgãos do programa de transplante do governo estadual. A quebra de sigilo abrange e-mails, conversas telefônicas e mensagens, com o objetivo de fortalecer as linhas de investigação conduzidas pela polícia e autoridades fluminenses.
No centro das investigações está o laboratório PC Saleme, localizado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Este laboratório firmou três contratos com o governo do Estado para análise de órgãos, totalizando quase R$ 22 milhões. Destes, dois contratos foram emergenciais, o que dispensa o processo de licitação. As autoridades estão empenhadas em identificar possíveis fraudes ou irregularidades nessas contratações. Durante uma operação realizada na segunda-feira (14), duas pessoas foram presas, enquanto outras duas permanecem foragidas. Entre os detidos está Walter Vieira, sócio do laboratório e tio do deputado federal Dr. Luizinho, que já foi secretário estadual de Saúde e nega qualquer envolvimento no caso.
*Com informações de Rodrigo Viga
*Reportagem produzida com auxílio de IA