A Câmara dos Deputados realizará no dia 7 de novembro um sessão solene para entrega do título de Cidadão Honorário da República Federativa do Brasil a Lewis Hamilton, piloto de Fórmula 1. Ao Metrópoles, o autor da homenagem, deputado federal reeleito André Figueiredo (PDT), afirmou que o atleta confirmou sua presença.
A pedido foi aprovado em 9 de junho pela Câmara. Em seu parecer, Figueiredo destacou que, no ano passado, Hamilton venceu o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, em São Paulo, e repetiu o gesto do brasileiro Ayrton Senna em 1991, dando uma volta adicional no autódromo com a bandeira nacional.
O piloto britânico volta ao Brasil no início de novembro para a penúltima etapa da temporada de 2022, que acontecerá em Interlagos um dos circuitos mais tradicionais da história da categoria. O evento também marcará os 50 anos desde que o primeiro Grande Prêmio aconteceu no país, em 1972.
Após os deputados aprovarem o projeto, Hamilton publicou nas redes sociais uma foto sua enrolado na bandeira brasileira comemorando a resolução:
“Sem palavras! Hoje eu virei cidadão honorário de um dos meus lugares favoritos no mundo. Eu não sei nem o que dizer agora. Obrigado Brasil. Amo vocês, não vejo a hora de ver vocês de novo”.
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Piquet A entrega da homenagem também ocorre após as falas racistas e homofóbicas do ex-piloto brasileiro Nelson Piquet contra Hamilton. Em uma entrevista é possível ouvir o Piquet chamando o heptacampeão de “neguinho” ao comentar um acidente envolvendo o inglês e Max Verstappen durante o Grande Prêmio de Silverstone de Fórmula 1, na Inglaterra.
A fala de Piquet aconteceu em julho do ano passado, quando Hamilton e Verstappen disputavam acirradamente a ponta da competição, com o piloto da Red Bull levando a melhor e ficando com o primeiro lugar. O comentário do brasileiro foi duramente criticado por internautas, que relembrando o seu histórico de frases polêmicas. “Surpreendendo um total de zero pessoas”, escreveu uma usuária do Twitter. “Imagina o que ele não deve falar em off”, escreveu outra.
Num outro trecho vazado, o brasileiro reforçou o termo e fez uso de outro, desta vez homofóbico: “O Keke? Era um bosta, não tinha valor nenhum. É que nem o filho dele (Nico Rosberg). Ganhou um campeonato. O neguinho devia estar dando mais c… naquela época, aí tava meio ruim”, afirmou o brasileiro dando risada.