Até a quarta-feira, 5, parlamentares só podiam registrar presença e votar de forma presencial; decisão foi publicada no Diário Oficial da Câmara
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Presidente da Câmara, Arthur Lira, tem sido um dos principais fiadores da reforma tributária
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), autorizou os parlamentares a votarem remotamente, por meio de um aplicativo, na sessões da quinta-feira, 6, e da sexta-feira, 7, para facilitar a aprovação da reforma tributária. A decisão foi publicada no Diário Oficial da Casa nesta quinta-feira. Até a quarta-feira, 5, os deputados tinham que marcar ponto e só podiam votar de forma presencial – a ideia era garantir a presença dos congressistas em Brasília para discutir e acertar pontos do texto, relatado pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), são necessários pelo menos 308 votos favoráveis em dois turnos de votação. Apesar dos acenos feitos por Ribeiro, o texto ainda é criticado por uma ala do Partido Liberal (PL) mais ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que já divulgou uma nota pedindo que os quadros da legenda votem contra o texto.
Mais cedo, em reunião com a bancada do PL, que contou com a presença de Bolsonaro, em Brasília, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas(Republicanos), foi vaiado por parlamentares que seguem a orientação do partido de votar contrariamente à proposta de Reforma Tributária que será levada a plenário ainda hoje na Câmara dos Deputados. Em sua fala aos parlamentares, Tarcísio emendou que estava ali para ser um interlocutor, já que cedeu nas negociações e deverá cobrar votos dos parlamentares de São Paulo pela aprovação da matéria. O governador foi cobrado a não participar de novas reuniões com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e que não “empreste” sua imagem para defender a reforma.