Presidente da Câmara declarou que a Casa espera uma proposta equilibrada ‘entre as responsabilidades fiscal e social’; político minimizou embate entre Lula e Campos Neto
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, foi reeleito ao cargo de mandatário da Casa no último dia 1º de fevereiro
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), participou nesta quarta-feira, 15, de um evento do banco BTG Pactual, em São Paulo, e aproveitou sua fala para pontuar que uma reforma fiscal “radical” não terá apoio no plenário do Congresso Nacional. “Um texto radical, para um lado ou outro, não terá sucesso”, ressaltou o presidente da Câmara após afirmar que espera um texto “equilibrado, que trate de responsabilidade fiscal sem esquecer responsabilidade social”. A frase do político alagoano coincide com os recentes discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por fim, Lira comentou sobre os recentes ataques do governo federal e de parlamentares petistas sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e disse não enxergar nenhuma “má vontade nem má-fé que justifique qualquer ação mais incisiva” do chefe do Executivo ao órgão monetário. “Não há nenhuma possibilidade de mudança em relação à autonomia do Banco Central. Lula e Campos Neto são duas pessoas que vão saber dialogar e trazer esse debate para o bastidor, ajustar o que for preciso”, finalizou. Mesmo com a fala, o congressista ressaltou que há boa vontade por parte do governo federal em dialogar com as Casas Legislativas para aprovação de uma possível reforma fiscal. Na visão do parlamentar, o ministro da Fazenda tem sido uma das figuras mais importantes de interlocução com o governo. “Ele [Fernando Haddad] não tem se furtado, se ausentado, mas tem conversado e mostrado interesse”, disse.