O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que precisa do apoio do governo para avançar com a reforma administrativa na Câmara dos Deputados. Em um evento para debater o tema convocado pela Frente Parlamentar de Comércio e Serviços (FCS), o deputado alagoano disse que espera uma discussão sem “tensionamento ideológico” sobre o tema e afirmou que a matéria faz parte de um pacote de medidas importantes para o país e não de determinados grupos políticos. “Nós precisamos do governo para aprovação dessa PEC. É uma matéria que tem seu cunho de representatividade muito forte no campo da esquerda progressista. É importante que todos participem sem nenhum tipo de preconceito para que o tema seja tratado com a naturalidade e a necessidade que ele exige”, disse o presidente da Câmara.
Lira ainda falou sobre o projeto de desoneração da folha que está na pauta da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 30. Segundo o presidente legislativo, os municípios sofrem com problemas de arrecadação e precisam ser socorridos. Lira ainda questionou as alterações feitas pelo Senado. O deputado comentou que o projeto foi aprovado na Casa Alta na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e enviado diretamente à Câmara dos Deputados.
“A preocupação do Senado é pauta dos municípios é sobre resolver para municípios pobres ou com piores IDHs ou com dificuldades populacionais ou que vivam de repasses federais a questão da previdência, mas a gente tem que olhar com responsabilidade porque aprovamos uma PEC da Previdência que tem regras para suas modificações. Tem que ter cuidado para observar se essa alteração do Senado é constitucional, se atende, se não atende, se é a maneira ideal de resolver esse problema. A Câmara se sente sempre muito pressionada”, disse Arthur Lira, que ainda citou que a cobrança com os deputados sobre o tema é muito maior do que os questionamentos com os senadores. “A cobrança que está sendo hoje em cima da Câmara não teve no Senado. Esse projeto foi votado lá e não teve questionamento, perguntas, provocações, nem sequer recurso para o plenário. O texto foi votado em uma comissão terminativa no Senado e, com todo o respeito, merece toda a nossa atenção”, complementou.