O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou, nesta terça-feira (11/6), que a Polícia Legislativa não irá mais impedir brigas de parlamentares. A medida é adotada depois que congressistas protagonizaram uma confusão na semana passada, em que por pouco não foram às vias de fato.
“Com relação a essas agressões que ultrapassam o limite da racionalidade, não há mais o que pedir. Não há mais o que alegar”, destacou Arthur Lira.
O presidente da Câmara dos Deputados destacou que a Polícia Legislativa irá proteger os deputados apenas de eventos extremos e não irá interferir em discussões entre parlamentares da Casa Legislativa.
“A Polícia Legislativa, daqui para a frente, está impedida de entrar no meio de uma discussão de dois parlamentares. Eles vão chegar às vias de fato, se quiserem brigar. Se acham que esse é a maneira de resolver, eles vão brigar. Ela vai proteger o parlamentar de problemas externos, um parlamentar contra outro, se acharem que vão resolver as vias de fato, eles vão chegar às vias de fato e a Polícia Legislativa não entrará mais nesse debate”, enfatizou Lira.
Confira a declaração completa de Arthur Lira:
Durante a discussão da denúncia contra o deputado André Janones (Avante-MG), suspeito de ter praticado “rachadinha” no Conselho de Ética, o colegiado foi tomado por uma balbúrdia protagonizada por Janones e Nikolas Ferreira (PL-MG). A discussão não partiu para agressão física porque outros parlamentares e a Polícia Legislativa impediram.
1 de 5
Conselho de Ética aprovou o relatório do Guilherme Boulos (PSol-SP) favorável a Janones
Lula Marques/ Agência Brasil
2 de 5
Nikolas e outros deputados da oposição sentaram atrás de Janones na reunião do conselho
Lula Marques/ Agência Brasil
3 de 5
Nikolas e Janones protagonizaram discussão no Conselho de Ética
Lula Marques/ Agência Brasil
4 de 5
Zé Trovão também entrou na confusão e precisou ser segurado pelo deputado Abilio Brunini
Lula Marques/ Agência Brasil
5 de 5
A Polícia Legislativa foi chamada para conter os deputados
Lula Marques/ Agência Brasil
No mesmo dia, a deputada Luiza Erundina (PSol-SP) passou mal durante discussão do Projeto de Lei (PL) nº 1.156/2021, na Comissão de Direitos Humanos. Na ocasião, os deputados Marco Feliciano (PL-SP) e Paulo Bilynskyj (PL-SP) se manifestaram contra a proposta.
Por conta dos eventos, o presidente Lira protocolou, nesta terça, uma mudança no requerimento da Casa Legislativa para suspender o exercício do mandato do deputado por quebra de decoro parlamentar caso haja novas confusões como aquelas da semana passada.