O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta quinta-feira, 11, que o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, terá autonomia para montar a sua própria equipe. A declaração foi feita durante o anúncio para o novo mandatário do cargo. “Eu, normalmente, tenho por hábito cultural não indicar ninguém em nenhum ministério. Eu quero que as pessoas montem o time em que elas vão jogar. Eu, se fosse técnico de futebol, não permitiria que o presidente do meu time, por mais importante que fosse, escalasse o meu time. Sou eu que escalo. Se eu perder, me tirem. Se eu ganhar, eu continuo”, afirmou Lula.
A pedido de Lewandowski, por agendas particulares, ficou acordado que o decreto com a oficialização sairá no Diário Oficial da União no dia 19 de janeiro, com a nomeação marcada para 1° de fevereiro, data em que acontecerá a cerimônia de posse. Segundo o presidente, até lá, ele terá tempo para decidir quem o acompanhará no ministério. “Aí ele vai sentar comigo e nós vamos discutir quem fica, quem sai, quem entra, quais são as novidades”, disse o petista. Também participaram do evento, o atual chefe da pasta, Flávio Dino (que tomará posse no Supremo Tribunal Federal em 22 de fevereiro) e a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja. “Fico feliz porque o Lewandowski deixou a cadeira do STF, após anos de contribuição na Suprema Corte, e vai assumir o lugar do companheiro Flávio Dino, em 1° de fevereiro. Ganha o Ministério da Justiça e Segurança Pública com o Lewandowski, ganha a Suprema Corte com Flávio Dino e ganha o Brasil”, celebrou o petista em seu perfil no X (antigo Twitter)
O futuro do “número 2” de Dino, Ricardo Cappelli, ainda é incerto. Ele exerceu a chefia do ministério interinamente e era cotado para permanecer no cargo. Desmentiu nesta manhã notícias que afirmavam que houve uma demissão, informou que sairá de férias e na volta irá colaborar na transição. “Não pedi demissão. Vou sair de férias com a minha família e voltar para colaborar com a transição no Ministério da Justiça e Segurança Pública. União e Reconstrução”, disse.