Declarações do presidente colocam ainda mais pressão sobre Haddad, que enfrenta resistência para aumentar a arrecadação e zerar o déficit nas contas públicas
Ricardo Stuckert/PR
De forma irônica, Lula disse que no Brasil tudo é tratado como gasto, exceto o superávit primário
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas à visão de que despesas com educação, saúde e programas sociais para os mais pobres são consideradas “gastos”. De forma irônica, ele destacou que no Brasil tudo é tratado como gasto, exceto o superávit primário, definido por ele como investimento para equilibrar as contas públicas. Essa declaração de Lula ocorre em meio a um intenso debate entre economistas sobre o desequilíbrio das contas públicas e as mudanças nas metas fiscais do governo para os próximos anos. O ajuste fiscal liderado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem sido criticado por focar mais no aumento das receitas do que no corte de gastos.
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As críticas de Lula colocam ainda mais pressão sobre Haddad, que enfrenta resistência para aumentar a arrecadação e zerar o déficit nas contas públicas. As mudanças nas metas fiscais, como a transição de superávit para déficit zero em 2025, levantam dúvidas sobre a capacidade do governo de entregar resultados positivos. Um ajuste fiscal baseado apenas no aumento da arrecadação pode ter impactos negativos a longo prazo na economia, com menos investimentos e crescimento reduzido do PIB. Economistas alertam que o controle de despesas é fundamental para evitar um aumento excessivo da carga tributária e garantir um ambiente propício para investimentos. O governo tem encontrado dificuldades em lidar com as questões mais significativas do processo orçamentário, o que pode comprometer a estabilidade econômica no futuro.
Publicada por Felipe Cerqueira
*Reportagem produzida com auxílio de IA