O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou em Nova Délhi, na Índia, nesta sexta-feira, 8, para participar da reunião da cúpula do G20. O encontro ocorre entre os dias 9 e 10, e o chefe de Estado brasileiro vai focar o discurso na redução das desigualdades e na defesa do meio ambiente, com foco nas mudanças climáticas através do uso de matriz energética limpa. Além disso, Lula também vai propor alterações no Conselho de Segurança das Organizações das Nações Unidas (ONU) e demais sistemas que compõem o sistema de governança global. A reunião historicamente ocorre com pelo menos um discurso de cooperação, em tom mais ameno, mas, este ano, pode haver nuances diferentes. Isso porque há países com posições divergentes em torno da guerra na Ucrânia, entre eles o próprio Brasil. Apesar de declarar posição neutra no confronto, como faz a diplomacia brasileira usualmente, há chefes de Estado no mundo que entendem que a balança de Lula esteja mais do lado da Rússia. Mas outros pontos também trazem discordâncias entre as nações, como a limitação do uso de combustíveis fósseis e a adoção de metas de uso de energia renovável.
O Brasil passará a presidir o G20 entre dezembro de 2023 e novembro de 2024, e o presidente brasileiro fará o discurso de encerramento do G20. Assim como o discurso previsto, o país deve propor debates e medidas para temas como desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas, combate às desigualdades, inclusão social e alterações na governança global. A agenda de Lula, além das reuniões gerais, também prevê reuniões bilaterais com lideranças da França, Arábia Saudita e Turquia. No domingo, ao final da cúpula, Lula embarca de volta para o Brasil.
‘Dançou’
A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, ao chegar na Índia, divulgou um vídeo curto no qual afirma: “me segura, que eu já vou sair dançando”. A publicação foi apagada minutos depois, em razão da repercussão negativa. A postura de Janja foi criticada em razão da tragédia que atinge o Rio Grande do Sul, onde um ciclone extratropical causou a morte de ao menos 41 pessoas – outras 46 estão desaparecidas. Antes de excluir a gravação, a primeira-dama ocultou respostas nas quais internautas cobravam uma resposta do casal presidencial. “O RS foi abandonado por vocês”, escreveu um usuário.