O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira, 7, ter recebido um projeto, apresentado pelo ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), para discutir com a sociedade a regulação das mídias digitais em prol do combate às fake news.
“A gente vai começar a discutir, ele projeto está na Casa Civil, a gente pretende discutir com a sociedade, abrir um debate na sociedade, para saber como a gente proíbe que as empresas de aplicativo fiquem divulgando notícias que são impróprias, ou são mentirosas, ou são violentas, ou avocam as pessoas a fazerem coisas que não prestam. Nós temos consciência de que os mentirosos, aquelas pessoas que pregam o mal e a mentira na internet, não podem ter a facilidade que tem”, afirmou durante café com comunicadores de esquerda.
Lula disse que a discussão sobre regulação da mídia deve envolver todos os países do mundo, e não só uma nação. Ele disse ter a pretensão de debater o tema com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com quem se reunirá na próxima sexta-feira (10), e com membros do G20 e dos Brics.
“Acho que se a gente quiser discutir a regulação da mídia digital no mundo, não pode ser problema de um País só. Tem que ser um problema de todos os países do mundo para regular uma coisa que dê tranquilidade ao regime democrático. Temos que ter consciência que os mentirosos, aquelas pessoas que usam a internet para pregar o mal e a mentira, essa gente não pode ter a facilidade que tem”, declarou.
Mais médicos
Durante o encontro, Lula afirmou que abrirá licitação para o programa Mais Médicos ao citar a necessidade de elevar os investimentos em saúde, especialmente nos rincões do País.
“Vamos ter que abrir licitação para Mais Médicos. Temos que dar preferência para nossos médicos irem para lá. Mas, se não tiverem nossos médicos, a gente vai procurar médico de outro lugar para levar”, disse, ao citar o programa que virou alvo de críticas da oposição, especialmente com a participação de médicos cubanos. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, dizia que o programa era usado para financiar o governo de Cuba.