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Lula esqueceu a lição de que ditadura se enfrenta nas ruas

A ideia pode não ter sido de Lula, mas se foi de Nicolás Maduro, Lula apressou-se em endossá-la. Ao comentar pela primeira vez o resultado da eleição do último domingo na Venezuela, Lula disse que a solução para o imbróglio deveria ser dada pela justiça da Venezuela. Que a oposição entrasse na justiça com um recurso, contestando a reeleição de Maduro. E que a justiça fizesse sua parte.

Ora, ora, ora… Lula sabe, tão bem quanto os venezuelanos, que Maduro manda na justiça do seu país, assim como manda nas Forças Armadas, na Polícia Nacional, no Congresso e na mídia. Maduro não é um democrata, muito menos é de esquerda. Hugo Chávez, seu antecessor, poderia ser de esquerda, ou pelo menos se assumia como tal, mas Maduro, não. Foi um capacho de Chávez.

Então, por que Lula tentou normalizar a situação da Venezuela ao dizer que o processo eleitoral por lá fora tranquilo, e tranquilamente poderia ser resolvido? Foi por que sua visão de mundo data da época da chamada Guerra Fria, travada pelos Estados Unidos e a extinta União Soviética? Foi por que Lula se sente em débito com Chávez, que já morreu, e que o ajudou a se eleger presidente em 2002?

Maduro fez o que pensou ou o que Lula sugeriu que fizesse. Uma vez que o Conselho Nacional Eleitoral, presidido por um seu aliado, anunciou sua reeleição no domingo quando apenas 80% das urnas tinham sido apurados, ordenou que o Conselho novamente se reunisse para repetir o anúncio, só que desta vez com 97% das urnas supostamente apuradas. A oposição boicotou o anúncio.

Cadê as atas com o número de votos depositados em cada urna e distribuídos entre os candidatos? Amanhã completa uma semana que Maduro prometu apresentar as atas, e nada delas. Por quê? Simples:  porque elas registram a vitória do candidato da oposição Edmundo Gonzales. Se registrassem a vitória de Maduro, ele as teria mostrado para acabar de vez com a confusão que grassa na Venezuela.

A oposição não seguirá o conselho de Lula de bater à porta da justiça para que ela declare se a eleição foi limpa e justa – primeiro, porque sabe que não foi; segundo, porque a justiça está no bolso de Maduro. A oposição não a reconhece como poder independente porque ela simplesmente não é. Há fartas provas disso em 25 anos de regime chavista. Ditadura se enfrenta nas ruas. Lula esqueceu a lição.

A oposição a Maduro voltará hoje às ruas de Caracas.

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