A maioria dos estudantes do Brasil prefere que seja mantido o sistema de ensino no formato híbrido, ou seja, mesclando o retorno presencial em alguns dias da semana e o ensino remoto nos demais. O dado é o resultado de uma pesquisa realizada entre 28 de julho e 4 de agosto, divulgada nesta terça-feira (10).
Realizada pela Educa Insights em parceria com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), a pesquisa mostra que 55% dos entrevistados – estudantes matriculados em cursos presenciais de instituições de ensino superior privadas – preferem o modelo híbrido. Entre eles, 38% acreditam que essa modalidade de ensino deve ser opção para todas as disciplinas.
Um total de 668 homens e mulheres matriculados em cursos presenciais, em todas as regiões brasileiras, participaram da análise.
Entre os jovens que optam pelo ensino híbrido, 52% afirmam que a prioridade nas atividades em sala deve ser as aulas práticas e 38% responderam que todas as disciplinas deveriam participar do ensino híbrido.
A pesquisa aponta ainda que 84% dos alunos entrevistados afirmam que renovarão a matrícula para o segundo semestre de 2021 e apenas 1% declarou que não continuará os estudos, sendo que o principal motivo apontado foi a perda de renda.
Os dados também abordam a participação das instituições de ensino superior para a adesão dos estudantes, mesmo durante a pandemia. A pesquisa revela que 76% dos estudantes receberam algum benefício para rematrícula, como desconto por antecipação da semestralidade (49%), financiamento ou parcelamento (18%), seguro educacional (6%) e curso livre ou de curta duração (3%).
Impactos da pandemia
A pandemia de Covid-19 afetou diretamente a vida de milhares de estudantes; segundo a pesquisa, alguns alunos consideram os níveis de imunização, os riscos com a contaminação e se houve perda de renda, para dar continuidade nos estudos.
Levando em consideração quem se vacinou contra a Covid-19, pelo menos com a primeira dose, 43% considera que todas as aulas podem ser escalonadas e 47% consideram que apenas as práticas devem fazer parte do cronograma.
Já no grupo que ainda não foi imunizado, esses percentuais são de 34% e 56%, respectivamente.
Ao todo, 84% afirmam que renovarão a matrícula para o segundo semestre de 2021, 15% tem interesse em continuar os estudos, porém não têm certeza se fará a rematrícula e 1% declararam que não continuarão. O principal motivo foi a perda de renda, declarado pela metade dos entrevistados, sendo que 37% que tiveram emprego diretamente impactado pela pandemia e 13% afirmaram que os responsáveis não conseguirão manter o pagamento em dia.
Segundo a pesquisa, os outros motivos para a desistência das aulas foram o medo de contaminação (23%), a queda na qualidade do ensino na migração das aulas presenciais para remotas (19%) e falta de adaptação aos protocolos sanitários (8%).
Fonte | CNNBrasil
Foto | Agência Brasil