Ministra do Meio Ambiente, que compareceu nesta segunda à CPI das ONGs, afirmou que país irá à conferência ‘para cobrar e não ser cobrado’
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foi ouvida nesta segunda-feira, 27, em reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, para falar sobre a atuação de organização não governamentais e organizações de interesse público na região amazônica. Durante a CPI, a ministra afirmou que o Brasil irá à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28) ‘para cobrar e não para ser cobrado’. A COP será realizada entre 30 de novembro e 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes. “Estamos indo para a COP […] para altivamente cobrarmos que medidas sejam tomadas, porque é isso que o Brasil tem feito”, disse Marina destacando que no primeiro ano de governo Lula houve uma queda de 22% no desmatamento da Amazônia. A ministra destacou, também, que a intenção do presidente Lula é de apresentar durante a COP um plano para financiar países que preservam suas florestas. De acordo com ela, a medida beneficiará a criação de unidades de conservação e reconhecimento de terras indígenas. “Quem tem floresta, haverá de agradecer cada unidade de conservação, cada terra indígena que foi criada”. Como mostrou o site da Jovem Pan, o chefe do Executivo irá propor a criação de um fundo para preservar florestas em cerca de 80 países durante a conferência. A ideia já foi apresentada a outros membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), um bloco socioambiental entre o Brasil e outros setes países que abrangem a maior floresta tropical do planeta.