De acordo com a especialista, a contabilidade desempenha um papel essencial no aspecto econômico para essas organizações.
No primeiro sábado de julho é celebrado anualmente no Brasil o Dia Internacional das Cooperativas. Embora as comemorações existam em outros países desde 1923, ela foi instituída em território nacional apenas em 2009, pela Organização das Cooperativas de Minas Gerais (Ocemg). Esta data tem como intuito dar visibilidade à sociedade de natureza civil, que têm objetivos econômicos e sociais comuns.
De acordo com os dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o país conta hoje com 14 mil cooperativas e aproximadamente 18 milhões de cooperados atuando em setores como: agropecuária, saúde, educação, consumo, serviços, etc. Esses números representam não apenas o impacto dessas atividades para a construção de uma sociedade mais consciente e equitativa, mas também sua significativa colaboração para o movimento econômico e de geração de empregos. Além disso, esse cenário ressalta a necessidade de ferramentas econômicas e organizacionais, que possam colaborar ainda mais no desenvolvimento financeiro dessas cooperativas. Nesse contexto, a ciência contábil é uma aliada essencial para o sucesso desses negócios, colaborando por meio da consultoria especializada e suporte estratégico.
Conforme explica Cristiane Almeida, Contadora, Especialista em Gestão Empresarial, Consultoria para ONGs e Planejamento Tributário da Brasis Contabilidade, a contabilidade desempenha um papel crucial no aspecto econômico para essas organizações, podendo atuar desde a análise dos processos de controle financeiro até as conformidades das normas trabalhistas.
‘’Antes de tudo, é de suma necessidade entender que a contabilidade para cooperativas têm características particulares, visando a gestão democrática. Sendo assim, essa ciência assume o compromisso de atuar para que as cooperativas continuem suas operações no futuro. Dessa forma, trabalhamos em várias etapas dessa atividade, tendo como alguns exemplos: a análise de processo financeiro, conformidades com documentos fiscais, análise de custo de processos produtivos, conformidade com as normas fiscais, previdenciárias e trabalhistas, relatórios de transparências e credibilidade dos resultados da movimentação financeira.’’
Diante do que foi abordado, Cristiane destaca os principais desafios contábeis que as cooperativas enfrentam na busca pela responsabilidade financeiras, alertando a importância dos relatórios contábeis.
‘’Diante dos desafios contábeis na construção da transparência econômica das cooperativas, estão os relatórios gerenciais das finanças. Esses relatórios permitem levar com clareza as assembleias os resultados das cooperativas, para que os interessados avaliem a situação, podendo monitorar todo seu funcionamento para aumentar a chance de melhorar os resultados.’’
Além disso, sabendo a responsabilidade das cooperativas no âmbito social, a contadora relata o quanto as práticas contábeis podem medir e relatar para as cooperativas os impactos sociais e ambientais das suas atividades, possibilitando uma visão aprofundada da sua atuação. ‘’Por meio de ferramentas que possibilitem medir, monitorar e fornecer informações sobre impactos desejados ou negativos, a contabilidade desenvolve para as cooperativas um relatório para análise, o qual busca soluções que diminuam os efeitos negativos, criando as condições desejadas para o seu desenvolvimento contínuo e sustentável,’’ finaliza a contadora.