O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou mais um pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para adiar seu depoimento à Polícia Federal. Na solicitação, a defesa do ex-presidente afirma que “é também forma de garantir a paridade de armas no procedimento investigativo” e que negar o acesso ao conteúdo solicitado anteriormente “[pode] surpreender o investigado ou a quem se pretende, em verdade, investigar”. Este é o terceiro recurso negado por Moraes. “As situações fática e jurídica não foram alteradas, permanecendo a obrigatoriedade de comparecimento do investigado perante a Polícia Federal, em ato procedimental regularmente previsto em lei e agendado para amanhã”, diz um trecho do despacho.
Bolsonaro deve depor presencialmente na sede da Polícia Federal em Brasília nesta quinta-feira, 22, às 14h30. O primeiro recurso foi rejeitado por Moraes na segunda-feira, 19, no qual a defesa do ex-presidente alegava que o material apreendido pela Operação Tempus Veritatis não estava disponível e que, portanto, seria necessário adiar o depoimento. O segundo pedido foi negado na terça-feira, 20, no qual a defesa pedia para que Bolsonaro não precisasse depor pessoalmente, uma vez que ele ficaria em silêncio.