InícioEditorialMPSP denuncia pastor que matou mulher trans após pagar por programa

MPSP denuncia pastor que matou mulher trans após pagar por programa

São Paulo – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) ofereceu denúncia à Justiça, nessa sexta-feira (1º/11), por homicídio qualificado contra o pastor que matou uma mulher trans em um quarto de motel na Vila Matias, em Santos, no litoral paulista, durante uma briga após um programa. O crime ocorreu na noite do último dia 22.

O pastor, Antonio Lima dos Santos Neto, de 45 anos, já estava preso. Ele foi detido em flagrante na noite do crime e a Justiça de Santos já havia convertido a prisão em preventiva. Santos Neto, que além de pastor religioso é proprietário de um comércio de eletrônicos em Santos, deve aguardar o julgamento na mesma cela em que esteve até então, no Centro de Detenção Provisória de São Vicente, também no litoral.

O assassinato de Luane

Na noite do crime, Santos Neto contratou a vítima, Luane Costa da Silva, de 27 anos, que era prostituta. Segundo o depoimento do pastor, eles acertaram o programa, foram para o motel e, no quarto, ele realizou um Pix de R$ 100 como pagamento antes que ela prestasse o serviço.

Contudo, de acordo com a versão do pastor, só depois disso ele teria percebido que Luane era trans. Ele, então, se recusou a continuar o programa.

No depoimento registrado no 2º Distrito Policial de Santos, Santos Neto afirmou que após a recusa Luane teria tentado extorqui-lo, exigindo mais dinheiro e impedindo que ele deixasse o quarto. Por isso, segundo o pastor, eles entraram em luta corporal, terminando com a morte dela.

O pastor tentou fugir do motel. Ele saiu do quarto, foi à recepção e devolveu a chave a uma funcionária, mas esqueceu o celular no quarto e precisou voltar. No entanto, logo após Santos Neto ter saído do quarto, um funcionário já havia entrado no local e encontrado Luane morta. Quando o pastor retornou, deparou-se com o funcionário, que tentou detê-lo, mas não conseguiu.

O pastor ainda escapou do motel, aproveitando a abertura do portão por outro cliente, mas os funcionários do local o perseguiram na rua enquanto outros chamaram a Polícia Militar, que o encontrou.

Apesar de ter alegado que não sabia que Luane era uma mulher trans, o pastor admitiu em depoimento que já a conhecia.

O Metrópoles não conseguiu localizar a defesa do pastor para comentar o caso. O espaço segue aberto.

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