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MST volta a ocupar áreas da Embrapa em Pernambuco

Movimento alega não cumprimento de acordo pelo governo; ação se dá 1 dia antes de Lula lançar programa para destinar terras à reforma agrária

MST voltou a ocupar área da Embrapa em Petrolina (PE) que tinha sido invadida duas vezes em 2023; na imagem, integrantes do movimento em acampamento na terra da estatal em julho de 2023 Reprodução/MST – 31.jul.2023

PODER360 14.abr.2024 (domingo) – 21h50

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) informou neste domingo (14.abr.2024) que fez novas ocupações de terras em Pernambuco. O movimento voltou a invadir uma área de pesquisa da Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE). A propriedade já tinha sido alvo do grupo duas vezes em 2023.

Também em Petrolina foi ocupada uma área de propriedade da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) que é utilizada pela Embrapa, e uma área na zona da mata norte do Estado, remanescente da Usina Maravilha –que está em desapropriação.

As ações se dão 1 dia antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciar o Programa Terra para Gente, voltado para destinar terras ociosas à reforma agrária. Uma cerimônia para lançar a ação está marcada para  2ª feira (15.abr) no Palácio do Planalto.

Os atos, segundo com o movimento, fazem parte da Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária, também chamada de Abril Vermelho, realizada neste mês em repúdio ao massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996.

O MST não informou o número de famílias presentes nas ocupações. Jaime Amorim, integrante da direção nacional do movimento, disse que o grupo voltou a ocupar a área da Embrapa pelo não cumprimento de um acordo pelo governo federal.

“Essa área tínhamos ocupado no ano passado e saído com o compromisso assinado do governo federal de assentar todas as 1.316 famílias que estavam acampadas. Deixamos a Embrapa com esse compromisso. Foram 17 pontos acertados e nenhum deles foi cumprido. Agora nós voltamos para a Embrapa para lutar para que o governo cumpra a pauta firmada ano passado”, disse.

A 2ª área ocupada, segundo Amorim, tem 1.500 hectares. Ele afirma que a terra é “completamente improdutiva” e que o movimento reivindica a desapropriação. “Nossa reivindicação é que assente as famílias do compromisso do ano passado, e as novas famílias que estão ocupando a área da Codevasf”, disse Amorim.

A Embrapa foi procurada pelo Poder360 para comentar as invasões, mas ainda não se pronunciou. O espaço segue aberto.

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