Em setembro de 2020, o músico Luiz Carlos Justino foi inocentado pela Justiça do Rio de Janeiro após ter sido preso por cinco dias por um crime que não cometeu em 2017. Apesar da inocência, ele voltou a ser detido pela polícia pela mesma ação, de assalto à mão armada.
Na última segunda-feira (22), o profissional voltava de um futebol com amigos, no Rio de Janeiro, quando foi parado por uma blitz e, ao consultarem no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, do Conselho Nacional de Justiça, havia um mandado de prisão em aberto para Luiz Carlos, o mesmo caso de 2020, que não foi retirado do sistema na época.
Na delegacia, o músico comentou que precisou comprovar que não era bandido e que foi absolvido de tudo. “Na época, eu fui parado duas vezes. Mas eu falava que era o Justino e era liberado. Mas, dessa vez, eu falei e não adiantou. Então agora eu tenho que ficar em casa. Como eu vou comprovar? Meu nome é Luiz Carlos da Costa Justino. E eu nem quero ser o Justino, de tão pesado que ficou”, disse em conversa à TV Globo.
Depois da prisão, o mandado de 2017 foi retirado do sistema do Conselho Nacional de Justiça. “A gente quer crer que, com a retirada do nome dele deste banco de dados, esse tipo de abordagem não acontecerá mais. É muito danoso para a vida do Justino, que é um músico, um cara completamente integrado à comunidade onde vive, dedicado às atividades da Orquestra da Grota, ficar sucessivamente sendo submetido a este tipo de abordagem policial, por vezes ostensiva, agressiva, violenta e absolutamente desnecessária. A gente espera que este evento não se repita mais de agora em diante”, disse o advogado Rafael Borges.