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Nada de Ba-Vi: relembre campanhas épicas dos únicos 4 campeões baianos do interior

Segundo campeonato estadual mais velho do país, o Baianão acumula ao longo de sua história centenária campanhas histórias da dupla Ba-Vi, que costumeiramente passaram a revezar os títulos do campeonato ao longo das décadas. Recentemente, os rivais deixaram de protagonizar a briga pelo troféu e viram o Atlético de Alagoinhas quebrar um tabu que perdurava desde os anos 1968/69, que foi a última vez que rubro-negros e tricolores ficaram dois anos seguidos sem levantar a taça.

Agora, o time de Alagoinhas já sustenta o posto de maior campeão do interior com dois títulos, empatado com o Flu de Feira, e chega em 2023 em busca do tricampeonato. Além deles, apenas o Colo-Colo, de Ilhéus, e o Bahia de Feira foram consagrados campeões estaduais em toda a história. O CORREIO relembra agora as campanhas vitoriosas das equipes que desbancaram os favoritos Bahia e Vitória e ficaram com o título. 

Antes, vale ressaltar que o Campeonato Baiano tem 21 campeões diferentes desde 1902, quando aconteceu a primeira edição. Mas o primeiro time do interior a chegar ao título foi justamente o Fluminense de Feira, em 1963. Antes dele outras equipes menores da capital – que na época eram as grandes equipes – deixaram sua marca na história do Estadual.

O Ypiranga é até hoje o terceiro maior campeão do estado, com dez taças, seguido do Botafogo com sete e do rival Galícia, que tem cinco – sendo três deles de forma consecutiva entre 1941 e 1943. Outros times que já foram campeões são o Leônico, Sport Bahia, Guarany, Fluminense de Salvador, Associação Atlética da Bahia e o Bahiano de Tênis. Esses últimos, aliás, foram as equipes que se fundiram para criar o Esporte Clube Bahia em 1931.

Fluminense de Feira (1963 e 1969)

Time do Flu de Feira campeão em 1969 (Foto: Reprodução/Twitter)

Primeira equipe do interior do estado a ser campeã do Baianão, o Flu de Feira carregou durante muito tempo o status de pioneiro das equipe interioranas, a ponto de desbancar o Bahia duas vezes em final de Estadual. A primeira delas, em 1963, o time de Feira de Santana fez a melhor campanha do primeiro turno na fase grupos conquistando 14 pontos, deixando o tricolor em segundo com 11.

A campanha das duas equipes foi tão superior aos adversários que o Vitória, 3° colocado, somou apenas 3 pontos naquela fase. No returno, Bahia liderou com 13 pontos e jogou o Flu de Feira para a segunda posição. Os dois campeões de turno passaram de fase a foram direto para a disputa da final. Os dois primeiros jogos terminaram em empate, um 0x0 na Fonte Nova e outro 1×1 em Feira. Os resultados iguais forçaram o terceiro jogo, que terminou com vitória do Fluminense por 2×1 na Fonte Nova e seu primeiro título Baiano da história.

 A década de 1960 foi uma das mais marcantes da história do Touro do Sertão. Seis temporadas depois, a equipe voltou a levantar o troféu do Campeonato Baiano em cima do Bahia. Um ano antes, foi vice-campeão para o Galícia. No título de 1969 o Touto amrcou 6 gols em 32 partidas e teve apenas três derrotas na tabela. O campeonato tinha um formato de pontos corridos naquele ano e o Flu foi campeão com uma rodada de antecedência ao bater o Vitória por 1×0 na penúltima rodada.

Colo-Colo (2006)

Elenco do Colo-Colo campeão em 2006 (Foto: Reprodução/Twitter)

Entre o segundo título do Fluminense de Feira e a outra equipe a ganhar um Campeonato Baiano há um hiato de quase quatro décadas. Bahia e Vitória dominaram os anos 1980/90 e apenas em 2006 outras cores apareceram para quebrar o jejum. Com seu inconfundível manto amarelo e azul, o Colo-Colo de Ilhéus venceu o Vitória na final daquele ano e conquistou seu primeiro e único titulo estadual.

Naquele ano o Baianão tinha 12 equipes em dois grupos de seis clubes cada. Os grupos tinham dois turnos e ainda duas fases cada. Os quatro melhores colocado de cada grupo passavam de fase (tanto no primeiro e no segundo turno) e faziam um mata-mata. Nos dois turnos o Colo-Colo (Grupo A ao lado do Bahia) e o Vitória (Grupo B) fizeram as finais.

No primeiro turno, o Colo-Colo venceu o Leão após empatar em 1×1 em Ilhéus e vencer por 1×0 em Salvador. No segundo turno, caso vencesse também, já seria o campeão baiano, evitando uma outra final. E foi o que fez. Bateu o Vitória por 4×3 e 4×2 e venceu com sobra o Estadual daquele ano. Ednei e Gil marcaram duas vezes cada em pleno Barradão e confirmaram o troféu para o Tigrão do sul do estado.

Bahia de Feira (2011)

Time do Tremendão campeão Baiano em 2011 (Foto: Reprodução/Twitter)

Entre todas as cidades do interior da Bahia, a maior delas também é a mais vencedora quando falamos do Baianão. O Fluminense de Feira perdeu boa parte da representatividade que tinha no estado como terceira força para disputar com Bahia e Vitória e os feirenses ficaram muito tempo sem ter uma equipe chegando longe na competição. Eis que o grande rival do Flu, o Bahia de Feira, fez uma campanha surpreendente em 2011 e derrotou o Vitória para conquistar seu título estadual.

Ainda com o formato de 12 times, os clubes eram divididos em dois grupos de seis e jogavam entre si. Os quatro melhores de cada chave passavam de fase e jogavam e seguiam jogando em grupos separados a segunda fase. Daí saiam dois de cada chave para fazerem as semis e a grande final. 

Naquele ano, além do Bahia de Feira, o Serrano surpreendeu ao chegar na semifinal e forçar a dupla Ba-Vi a duelar entre si para ganhar uma vaga na final, enquanto as duas equipes do interior faziam a outra semi. O time de Feira passou e, na final, arrancou um empate em 2×2 no Jóia da Princesa no jogo de ida. Na volta, contou com grande atuação do atacante João Neto para marcar e garantir o título para o tricolor de Feira de Santana.

Daquele time saíram diversos nomes que rodaram pela dupla Ba-Vi, como o próprio João Neto, o goleiro Jair e o volante Diones, que no ano seguinte conquistou o Baiano pelo Bahia da capital, também diante do Vitória.

Atlético de Alagoinhas (2021 e 2022)

Carcará comemorando o título de 2022 (Foto: Arisson marinho/Arquivo CORREIO)

O Bahia de Feira poderia ter conquistado no ano de 2021 seu bicampeonato. Mas faltou combinar com o Atlético de Alagoinhas, que chegou forte naquela temporada e levantou seu primeiro troféu do Baianão na história. Mal sabia o torcedor do Carcará que o melhor estava por vir: no ano passado o time foi mais uma vez muito forte para a competição e foi bicampeão estadual, dessa vez em cima da Jacuipense. 

Em 2021, uma final muito movimentada e acirrada, o Carcará empatou o primeiro jogo em 2×2 com o Bahia de Feira e, jogando em Alagoinhas, bateu o adversário por 3×2 para ser campeão. O jogo teve emoção até o fim, com o goleiro Fábio Lima, do Atlético, precisando fazer uma grande defesa aos 45 da segunda etapa e, ainda depois disso, o Carcará, que vencia por 3×1, sofreu o segundo gol e precisou segurar o ímpeto final do Bahia de Feira para garantir a taça.

No ano seguinte, a vítima da vez foi a Jacuipense. A time de Riachão viveu bons momentos nos últimos anos e chegou até a final com a melhor campanha da competição. Primeiro colocado na fase inicial e, nas semis, eliminou o Barcelona de Ilhéus. A dupla Bahia e Vitória não chegaram nem na fase mata-mata da competição.

Já o Atlético de Alagoinhas passou em segundo na primeira fase e eliminou o próprio Bahia de Feira na semifinal. Na grande decisão, o cenário foi revertido e o Carcará jogou melhor que o rival nas duas partidas. Um empate de 1×1 na ida e, jogando em Riachão do Jacuípe, venceu os donos da casa por 2×0 e garantiram o bi.

Vale ressaltar que o Atlético chegou em três finais seguidas, algo nunca alcançado por outro time do interior. Em 2020, no Baianão interrompido pela pandemia de covid-19, o Carcará chegou na final e perdeu para o Bahia nos pênaltis. O tricolor jogava com sua equipe sub-23 naquela temporada e usou o elenco mesclado com o principal na decisão.

Desse time bicampeão, nomes como Miller e Dionísio, destaques do campeonato, se transferissem para o Vitória. Ambos atuaram na sequência da temporada com o rubro-negro mas apenas Dionísio conquistou o acesso à Série B no fim do ano passado.

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