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No DF, 24,8 mil adolescentes votaram; número de jovens nas urnas é recorde

No Distrito Federal, mais de 24,8 mil jovens de 16 e 17 anos compareceram às urnas para votar nas eleições de 2022. O número de adolescentes eleitores é o maior dos últimos dois pleitos. No total, até maio de 2022, a capital federal tinha 37.620 votantes menores de idade. Em outubro de 2018, eram 14.538.

Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF), dos jovens que votaram no primeiro turno deste ano, 10.128 têm 16 anos e 14.705 têm 17. A abstenção do público foi de 20,67%.

A expectativa é que, no segundo turno das eleições, marcado para 30 de outubro, esse público retorne às zonas eleitorais. Luísa Pinheiro, 16, conta que votou mesmo antes de completar 18 anos por saber da relevância do processo eleitoral.

Jovens votam pela primeira vez no DF: “Exercendo papel de cidadão”

“É importante exercer o direito do voto e, este ano, pelo Brasil estar muito dividido, é uma eleição muito importante”, disse. Segundo ela, a experiência foi tranquila, sem grandes dificuldades.

Assim como Luísa, Felipe Francischetti, 16, também foi às urnas pela primeira vez em 2 de outubro. O jovem considera o pleito uma oportunidade de fazer a diferença.

“A gente recebe, hoje em dia, um fluxo de informação enorme e, por isso, a gente percebe a importância do voto e tem interesse em participar. É uma oportunidade para fazermos alguma diferença na sociedade como um todo”, avaliou Felipe.

O estudante comentou que, apesar de ser mais engajado na eleição de deputados e senadores, ele pretende participar do segundo turno.

Eleições anteriores Em 2018, foram às urnas 11.280 jovens com menos de 18 anos. Em 2014, 15.657.  No Brasil, o voto é obrigatório para pessoas com 18 anos ou mais e é facultativo para jovens de 16 e 17, pessoas com mais de 70 e analfabetos.

Quem tem a idade mínima obrigatória e não tirou o Título de Eleitor, assim como os eleitores e as eleitoras que tiveram o documento cancelado, estão sujeitos a diversas restrições e impedimentos legais, como, tirar passaporte ou carteira de identidade e até se inscrever em concurso público.

O cientista político Nauê Azevedo avaliou que houve uma mobilização em todo o país para que os jovens tirassem o Título de Eleitor e participassem do processo eleitoral.

“Houve uma mobilização para que jovens assumissem sua responsabilidade perante o processo eleitoral e essa mobilização rendeu como fruto uma maior participação dessa faixa etária. Isso pode indicar uma propensão um pouco maior desse novo eleitorado a participar de forma um pouco mais ativa da vida política”, analisou.

Para o especialista, independentemente do motivo, a participação desse público mais jovem é de extrema importância para a formação deles como cidadãos. “Significa assumir sua parcela de responsabilidade na construção do futuro pelas vias institucionais.”

Segundo turno Os eleitores voltarão às urnas em 30 de outubro para votar apenas para presidente da República. Os brasileiros decidirão entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), para presidir o Brasil pelos próximos quatros anos. Esta é a sexta vez seguida que uma eleição presidencial é definida no segundo turno.

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