A Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Juízo Paralelo, nesta terça-feira (19/12), no Rio de Janeiro (RJ). A força-tarefa visa desarticular uma organização criminosa que fraudava alvarás judiciais em nome de magistrados da Justiça trabalhista no RJ (TRT-1).
Os movimentos fraudulentos envolviam a utilização de certificados digitais falsos em nome de magistrados e o prejuízo causado ultrapassa o valor de R$ 62 milhões. A ação foi cumprida pela Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro com o apoio das Superintendências Regionais de São Paulo e Santa Catarina.
Quatro mandados de prisão e busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades de Balneário Camboriú (SC), São José (SC), São Paulo (SP) e Atibaia (SP). Também há indícios de que a organização criminosa também atuou nos estados de São Paulo, no Tribunal de Justiça de SP (TJSP), e Santa Catarina, no TJSC.
Os documentos de interesse serão encaminhados à equipe de investigação, que irá analisar todo o material afim de apurar os fatos e arrolar todos os envolvidos nas fraudes.
1ª fase Operação Juízo Paralelo A Polícia Federal deflagrou a primeira fase da Operação Juízo Paralelo em 21 de dezembro de 2022. Na ação, os policiais federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, nas cidades de São Paulo, Guarulhos (SP), Taubaté (SP) e São Caetano (SP).
Os valores que o grupo pretendia sacar com os documentos falsificados era de, aproximadamente, R$ 62 milhões. O efetivo prejuízo à União calculado ficou em R$ 4 milhões, devido a saques indevidos com uso dos alvarás fraudulentos.
Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato qualificado, falsidade ideológica e falsidade de documento público, com penas que, somadas, podem chegar a 24 anos de prisão.