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‘O público que me acompanha gosta de mim por essa ousadia’ , diz Marina Sena

Pouco menos de dois anos se passaram desde que Marina Sena lançou o álbum De Primeira, trabalho de estreia da cantora de 26 anos. Mineira de Taiobeiras, cidade que fica a pouco mais de 130 km distante da divisa da Bahia com Minas Gerais, ela lança  nesta quinta (27), às 21h, seu novo trabalho, Vício Inerente. Um projeto menos orgânico, mais sombrio e, em suas palavras, mais ousado. 

Ainda assim, com a assinatura da artista que, gostem ou não, foi uma das sensações da música brasileira nos últimos cinco anos e acumula feitos simbólicos como a honra de ter sido a última pessoa a gravar em estúdio com Gal Costa – a quem sempre admirou. Elas regravaram a música Para Lennon e McCartney, do Clube da Esquina.

O disco, mais uma vez, é produzido pelo seu namorado, Iuri Rio Branco. É o primeiro trabalho dela com a nova gravadora, a Sony Music, e vem cheio de novas sonoridades: trap, pagotrap, reggaeton, drill, R&B, triphop e soul, além do pé fincado  na MPB, de onde vem a influência para o seu pop.

“Eu acho que a galera vai gostar muito porque, apesar de ser muito diferente do De Primeira, eu experimentei outras coisas. Novos sons, novos jeitos de escrever, de cantar. Acho que o público que me acompanha gosta de mim por essa ousadia que tenho a tudo que me proponho. Essa é minha função como artista”, disse em entrevista ao CORREIO.

Marina Sena conta que cada projeto traz uma percepção de vida e esse novo trabalho tem muito a ver com sua mudança para São Paulo. Ela não faz juízo de valor, mas entende que a nova cidade traz essa coisa mais pesada, presente, inclusive, na fotografia do disco, mais escura, com cores mais fechadas do que aquele ar primaveril do primeiro trabalho.

Questionada se o  atual omento traz, também, uma pressão maior, até pela presença da gravadora no tabuleiro de sua carreira, ela não titubeia: “Eu não preciso da pressão das pessoas pra ser algo, porque não consigo ser nada além do que eu sou. É o máximo que consigo chegar. É o que dou conta de ser. Nesse disco eu mostro exatamente que eu não sou quem esperam”, inicia.

E completa: “Talvez as pessoas tivessem esperando algo mais parecido com o De Primeira, mas eu não seria sincera comigo mesma se fizesse isso. Mostrei, pra mim mesma, nesse disco, que não tem pressão. Eu faço do jeito que é. É natural”.

Vício Inerente… pela Bahia

Marina Sena conhece mais cidades da Bahia do que muito soteropolitano. Não são poucas as vezes que, ao voltar para Taiobeiras, pega um voo até Vitória da Conquista, antes de entrar num carro e rumar para sua terra natal. Por lá, conta, tudo que virava sucesso na Bahia também estourava: “Edson Gomes eu sou fã pra caralho, meu pai tem um pen drive só com Edson Gomes”, comenta, sobre o rei do reggae baiano.

A relação não é de hoje. Foram incontáveis férias em Porto Seguro ou Ilhéus. Foi crescendo e passou a escolher ela mesma os destinos para onde ia: “Eu vou pra Bahia sempre, passei Reveillon aqui, depois de um mês eu voltei. Tudo quanto é lugar eu já fui: sul, norte, nordeste, centro, tudo. Eu já andei bastante aí”, brinca. 

E segue cheia de amores: “Pelo amor de Deus, um lugar mais lindo que o outro. O lugar tem muito das pessoas, né? Tenho uma relação muito forte com o estado, o axé, o pagodão. Minha história é carregada de pagodão e axé. Não conheço só o que estourou, conheço os lados B do pagodão, do axé. Eu conheço Tierry da época do Fantasmão, conheço O Poeta faz muito tempo”, elenca, ao citar referências do pagode, ritmo que aparece menos nesse trabalho do que foi no primeiro.

No entanto, Marina acredita que tudo isso pode mudar. Ela não esconde e nem se envergonha de ser produto dos meios onde vive e gosta de fazer sua música em cima do que sente: sempre pensando em fazer o público entender o que ela quis passar, agradando ou não.

*Com colaboração de Eduardo Bastos

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