As forças de segurança do Rio de Janeiro deflagraram, na manhã desta quarta-feira, 25, uma operação contra a milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. A ação integrada entre as polícias militar e civil foi desencadeada em resposta aos ataques ocorridos na segunda-feira, 23, quando mais de 30 ônibus foram incendiados, o que levou a cidade a entrar em estado de atenção. As comunidades dos municípios de Itaguaí e Seropédica, localizadas na Baixada Fluminense, foram alvo da operação, que teve como objetivo principal desmantelar o braço financeiro da milícia. Até o momento, sete indivíduos foram detidos durante a operação. Além disso, as autoridades apreenderam 174 maços de cigarro, 13 botijões de gás e uma ave silvestre, evidenciando a presença de atividades ilegais associadas à milícia do Zinho.
Esses ataques a ônibus, juntamente com incêndios em trens e a suspensão parcial do serviço de transporte BRT, causaram pânico entre os moradores da zona oeste do Rio de Janeiro. A violência desencadeada após a morte de um sobrinho do miliciano Zinho, durante uma operação policial em Santa Cruz, levou a cidade a um estado de atenção. A operação contra a milícia do Zinho é mais um exemplo das batalhas enfrentadas pelas autoridades do Rio no combate ao crime organizado. Como a Jovem Pan mostrou, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, disse na noite da terça-feira, 24, que o governo federal estuda criar uma força-tarefa entre a União e o governo estadual para “asfixiar” financeiramente os grupos criminosos. “Ele [Cláudio Castro] sugeriu uma construção de uma força-tarefa no Rio de Janeiro, coordenada pela Casa Civil do governo do Estado, junto com a secretaria de Fazenda, com a secretaria nacional de Segurança Pública e com a Polícia Federal”, disse o número dois da Justiça.