O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, nesta segunda-feira (29/1), que pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) os possíveis nomes de parlamentares monitorados clandestinamente no esquema ilegal de espionagem da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
A informação foi compartilhada em nota divulgada pela assessoria de imprensa de Pacheco. O comunicado faz menção à operação da Polícia Federal (PF) que apura a atuação da chamada “Abin paralela” durante a gestão Bolsonaro.
De acordo com as diligências, a Abin foi utilizada para espionar adversários. Políticos e até ministros do STF teriam sido espionados com o uso do software FirstMile.
““Encaminharei ao Supremo Tribunal Federal ofício solicitando os possíveis nomes de parlamentares clandestinamente monitorados pela Agência Brasileira de Inteligência, dada a gravidade que um fato dessa natureza representa”, informou Pacheco.
A atuação de Pacheco sobre o assunto já havia sendo cobrada por parlamentares, que pediam informações sobre nomes de deputados e senadores monitorados clandestinamente pela agência.
O assunto ganhou destaque na última quinta-feira (25/1), quando foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão – o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que foi diretor da Abin entre 2019 e 2022 e comandaria o esquema de espionagem ilegal, foi um dos alvos.
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O vereador Carlos Bolsonaro é alvo de operação da PF Reprodução
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PF na casa de Carlos Bolsonaro Reprodução
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PF faz operação em condomínio de Carlos Bolsonaro, no Rio de Janeiro Reprodução
Nesta segunda, a investigação ganhou um novo capítulo: o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho de Jair Bolsonaro, foi alvo de busca e apreensão. Agentes da PF estiveram na casa e no gabinete de Carlos na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Carlos entrou na mira da PF por ter sido supostamente recebedor de informações da chamada “Abin paralela”, segundo apuração do Metrópoles.