Pode passar despercebido para muitas pessoas, mas os alimentos deixados nas bandejas dos aviões representam toneladas de comida desperdiçada – e também muito dinheiro jogado fora. Bilhões de dólares, para ser mais preciso.
Um estudo da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), com base em informações fornecidas pelas companhias aéreas, traduziu em números o tamanho do desperdício. As perdas com os alimentos deixados aviões totalizam US$ 4 bilhões (R$ 20,8 bilhões), segundo o levantamento.
De acordo com a associação, cada passageiro joga fora, em média, 1,43kg de comida por voo. Em 2022, o mercado de alimentação nos voos é estimado em US$ 20 bilhões (pouco mais de R$ 104 bilhões).
Segundo dados das companhias aéreas, 20% do lixo a bordo é composto por comidas ou bebidas parcialmente consumidas ou simplesmente intocadas.
Reciclagem De acordo com o órgão, o processo de reciclagem das embalagens utilizadas pelos passageiros dos aviões não é tão simples por causa das diferentes regras aplicadas em diversos países.
Várias companhias usam copos de papel com revestimento interno de plástico. Em alguns países, eles podem ser reciclados, mas são vetados em outros – por serem considerados de uso único.
No Reino Unido, por exemplo, há uma lei que impede a entrada e reciclagem de embalagens que tenham tido contato com carne ou leite.
Muitos governos classificam os restos de comida deixados em aviões como potenciais ameaças biológicas. Alimentos como carne, leite e fruta podem levar doenças, vírus e bactérias de um país para o outro.
Justamente para se precaver de eventuais punições, companhias aéreas têm enviado o lixo gerado a bordo, incluindo os alimentos deixados pelos passageiros, diretamente para a incineração.
Viagens internacionais em expansão Mais viagens, mais comida consumida – e desperdiçada – nos aviões. Segundo a Iata, as viagens aéreas internacionais registraram uma forte expansão em outubro, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são globais.
Em outubro, o tráfego internacional global mais do que dobrou, com alta de 102,4% na comparação anual. As reservas antecipadas para viagens para outros países chegaram a cerca de 75% dos níveis verificados antes do início da pandemia de Covid-19, no fim de 2019.
O tráfego total do mês, por sua vez, teve expansão de 44,6% em relação a outubro de 2021. Globalmente, o tráfego aéreo alcançou 74,2% dos patamares registrados em outubro de 2019.
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