Pelé já tem um lugar onde será enterrado: o Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos, onde tem um caixão dourado reservado há anos. O local, aliás, foi escolhido pessoalmente pelo Rei do Futebol há 19 anos por não “parecer com um cemitério” e transmitir “paz espiritual e tranquilidade”. Há ainda vista para a Vila Belmiro, casa do Santos e onde o craque começou a carreira.
“Escolhi por sua organização, limpeza e estrutura. É um local que transmite paz espiritual e tranquilidade, onde a pessoa não se sente deprimida, sequer parece com um cemitério”, explicou Pelé, em 2003, ao jornal A Tribuna.
O cemitério vertical está desde 1991 no Guinness Book, o Livro dos Recordes, como o mais alto do mundo. O lugar guarda os restos mortais de parentes e amigos de Pelé, como seu irmão, Jair Arantes do Nascimento, o Zoca, que morreu em 2020; sua filha, Sandra Arantes do Nascimento, que faleceu em 2006; e Antonio Wilson Honório, o Coutinho, parceiro de ataque no mítico Santos bicampeão mundial em 1962/1963, que morreu em 2019.
A compra do plano que assegurava o uso de lóculo para a família aconteceu no dia 7 de julho de 2003, quando Pelé tinha 62 anos. Ele optou pelo nono andar, em homenagem ao pai, João Ramos do Nascimento, conhecido por Dondinho, que usava a camisa de mesmo número nos tempos de jogador.
“Ele era centroavante e usava a camisa nove. Por isso, escolhi o andar com este número e que dá para ver o estádio. Com certeza, ele iria aprovar a ideia”, comentou Pelé.
O velório do Rei do Futebol deve acontecer na próxima segunda-feira (2), na Vila Belmiro, em Santos. Já o enterro, no Memorial Necrópole Ecumênica, será na terça-feira (3), às 10h.