O Palácio do Planalto decidiu manter, pelo menos por ora, a nomeação do ex-deputado olavista Heitor Freire (União Brasil-CE) para um cargo no governo Lula.
A decisão ocorreu após Freire publicar uma carta dizendo que suas fotos com o guru bolsonarista Olavo de Carvalho são “antigas” e que se arrepende de ter exaltado o general Ustra.
A carta foi publicada (leia abaixo) após o Planalto mandar o ministro da Integração Nacional, Waldez Góes, negociar uma solução para o caso de Freire, como noticiou a coluna.
Segundo ministros palacianos, Freire será mantido no cargo até segunda ordem. Caso haja algum “fato novo” que o complique, dizem auxiliares de Lula, ele poderá ser exonerado.
NomeaçãoO ex-deputado foi nomeado em 11 de maio para um diretoria da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), órgão vinculado à pasta comandada por Waldez.
O passado de Freire, porém, provocou uma forte reação de lideranças petistas. Além das fotos com Olavo de Carvalho e exaltações a Ustra, petistas lembraram da relação de Freire com Jair Bolsonaro.
O ex-deputado foi eleito para a Câmara em 2018 pelo PSL, mesmo partido que Bolsonaro se elegeu para o Planalto. Os dois, porém, romperam após a saída do ex-presidente da sigla, em 2019.