InícioEditorialPolítica NacionalPlataforma de investimento em aluguel de iPhone capta R$ 230 mi

Plataforma de investimento em aluguel de iPhone capta R$ 230 mi

A rentabilidade da allu invest, da Allugator, é de 22,5% ao ano; são mais de 5.000 investidores

A startup Allugator, especializada em aluguel de iPhones, decidiu implementar uma plataforma de investimentos em 2020 com o objetivo de angariar recursos para compra de aparelhos. Por meio da allu invest, a empresa conseguiu captar R$ 230 milhões em 4 anos.

A allu invest emite uma CCB (cédula de crédito bancário) em parceria com a Mova, que oferece serviços de crédito personalizados para empresas. Segundo a plataforma de investimentos, a rentabilidade é de até 22,5% ao ano.

O investimento mínimo na allu invest é de R$ 40.000. O prazo é de 24, 48 ou 72 meses. O investimento é de alto risco. A plataforma soma mais de 5.000 investidores.

O COO da empresa, Pedro Sant’Anna, disse que os recursos investidos na allu invest são direcionados para aquisição de novos eletroeletrônicos. Estes, por sua vez, serão alugados em um modelo de assinatura por meio da Allugator.

O lucro das operações de aluguéis proporciona a rentabilidade da plataforma de investimentos. Os investidores aplicam seus recursos em aluguéis de eletroeletrônicos.

“É um título de crédito privado. Na prática, o investidor está emprestando dinheiro para nós, que estamos alocando dinheiro para a nossa estratégia, cuja rentabilidade vai ser a própria assinatura”, disse o COO ao Poder Empreendedor.

Aluguel de iPhones  A Allugator foi fundada em 2016 com o objetivo de se tornar um marketplace em que pessoas físicas pudessem alugar itens que não usavam para outros usuários que precisassem do produto pontualmente.

“Em 2016, a plataforma conectava o usuário que podia colocar para alugar uma GoPro que não usa há 2 anos a outro que queria ir para praia, que entrava em contato com o dono da GoPro para fazer um aluguel pontual de 30 a 60 dias no máximo”, afirmou.

Nesse modelo de negócio, 2/3 dos aluguéis não eram finalizados. Segundo Sant’Anna, a maior parte das locações não eram concluídas porque a logística ficava sob a responsabilidade do dono do equipamento.

Depois de identificar esse problema, a Allugator mudou o seu modelo de negócio, se tornou a dona dos aparelhos alugados e passou a ser responsável pelo envio dos produtos.

Para compensar o custo do frete para outros Estados, a empresa — cuja sede é de Belo Horizonte (MG) — implementou um modelo de assinaturas de eletroeletrônicos.

“Veio a ideia de fazer as assinaturas, que são aluguéis a longo prazo. Justificaria eu mandar uma câmara para Roraima porque o frete não ficaria mais caro do que o aluguel. O meu sócio me questionou por que não fazer isso com iPhone?”, afirmou.

O aluguel de iPhones por assinatura representa atualmente 90% dos serviços prestados pela empresa. A meta da startup é reduzir esse percentual para 70% até 2024, ampliando o aluguel de outros eletroeletrônicos.

São 24.000 assinaturas ativas. A empresa tem parcerias com o PicPay, Acer e Nestlé. Em seu catálogo, há celulares, notebooks, games, tablets, smartwatches e cafeteiras.

A Allugator avalia realizar parcerias futuras com imobiliárias para que usuários possam alugar apartamentos mobiliados por assinaturas. A ideia é atender a população que muda de cidade e não quer comprar eletrodomésticos, por exemplo.

“Estamos dispostos a assinar qualquer bem que seja acessível e que tenha uma depreciação relativamente baixa”, afirmou.

Público-alvo A Allugator tem como públicos-alvo principais: 1) usuários negativados no Serasa, que não conseguem comprar um iPhone no varejo tradicional; 2) população que quer trocar de iPhone anualmente.

De acordo com Sant’Anna, a assinatura é de 45% a 50% mais barata do que o valor do aparelho no varejo. O plano anual do iPhone 13 custa no total R$ 2.218,80, por exemplo. O mesmo modelo pode ser encontrado no varejo tradicional por R$ 5.499.

“A pessoa faz a assinatura para ter acesso a um bem de maior padrão que originalmente não conseguiria”, disse o COO.

Há 3 modalidades de assinaturas: anual, semestral e trimestral. A startup avalia implementar um sistema de cobrança mensal que não comprometa o limite do cartão no ato da assinatura. Atualmente, quando o usuário assina o plano, o valor total da assinatura é descontado do limite do cartão de crédito, mesmo que seja dividido em 12 vezes.

“A gente consegue aprovar 77% das pessoas que querem fazer uma assinatura. A gente fugiu de uma análise de crédito baseada na renda do usuário e o poder de compra dele como principal fator para determinar se uma pessoa pode assinar ou não. A gente focou em determinar quais os critérios que a gente podia analisar para evitar fraudes”, afirmou.

Inadimplência Para evitar fraudes e inadimplência, a allu tem um time de recuperação. No fim do contrato, o usuário tem a opção de renovar o plano, mudar o aparelho ou devolver o eletroeletrônico. O usuário é considerado inadimplente quando não devolve o produto alugado ou opta por renovar ou trocar de plano.

De 10% a 15% dos usuários ficam inadimplentes. Desse total, 85% dos aparelhos são recuperados de forma extrajudicial. Os processos judiciais são instaurados depois de 90 dias de inadimplência.

“Como o aparelho é nosso, se o usuário ficar inadimplente, ele não vai para o Serasa, ele vai para a cadeia por apropriação indébita. A gente consegue perseguir ele civil e penalmente”, disse.

RAIO-X fundação: 2016; fundadores: Cadu Guerra (CEO) e Pedro Sant’Anna (COO); faturamento de 2023: R$ 60 milhões; funcionários: 180; sede: Belo Horizonte (MG); regime tributário: lucro real; natureza jurídica: sociedade privada limitada; contato: site; Instagram.

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