O policial militar Vinícius de Lima Britto, responsável pela morte de Gabriel Renan da Silva Soares, de 26 anos, foi detido nesta sexta-feira (6). A prisão preventiva do PM foi determinada pela Justiça na quinta-feira (5), após solicitação do Ministério Público de São Paulo. O caso gerou grande repercussão, levantando questões sobre o uso excessivo da força por agentes de segurança. O incidente ocorreu em 3 de novembro, quando o policial, que estava de folga, disparou 11 vezes contra Gabriel, que corria após furtar quatro pacotes de sabão em um mercado na zona sul da capital paulista.
As gravações das câmeras de segurança do estabelecimento mostraram que a vítima não ofereceu resistência durante a abordagem. Em sua defesa, Britto alegou que agiu em legítima defesa e que o rapaz fez menção de tirar uma arma de sua roupa. No entanto, as imagens do local contradizem essa afirmação. A família de Soares expressou indignação, questionando a necessidade de tantos disparos contra alguém que não representava uma ameaça. A situação gerou um clamor por justiça e por uma análise mais rigorosa das ações policiais.
O MP-SP ressaltou que existem evidências suficientes que apontam para a autoria do crime e que a liberdade do policial poderia comprometer a investigação. O promotor responsável pelo caso classificou a ação do PM como homicídio qualificado, destacando a brutalidade do ato e o desvio de sua função pública. Em meio a diversos casos recentes de violência policial, movimentos sociais fizeram um protesto na quinta-feira (5) no Centro de São Paulo.
Publicada por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA