O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que uma desmobilização de barracas de rua ocorrerá em toda a cidade de forma gradativa. Segundo ele, as 32 mil pessoas em situação de rua, dado do Censo da prefeitura de 2022, receberão oferta de inclusão em serviços de moradia: “No médio e longo prazo, mas a gente vai fazer, assumo aqui o compromisso, é que nós teremos local de abrigo para as 31.860 pessoas que estavam registradas no nosso Censo das pessoas em situação de rua. Uma vez que eu tenho local para atendimento dessas pessoas dentro dos hotéis, nos abrigos, que inclusive estão sendo requalificados, a gente tem o programa do Auxílio Reencontro. Ou seja, a gente vai ter um conjunto de opções para as pessoas saírem daquela situação que não é digna, direitos humanos que eu defendo é a pessoa não ficar na rua e ir para um local com dignidade. Agora, lógico, se ela quiser ficar na rua, ninguém vai arrastá-la”. A explicação foi dada durante o evento de posse do novo subprefeito da Sé, o coronel Álvaro Camilo, que havia anunciado a medida na região central da capital paulista. Nunes afirmou ainda que segue a legislação da cidade. “A gente precisa ter uma coordenação, uma organização na cidade. A gente precisa ter uma cidade organizada. Existe legislação para isso. As pessoas, em lugar nenhum, que nasceram em outro lugar podem ter barraca montada. Houve uma exceção por conta do período da pandemia. Nunca pôde ter, houve uma exceção”, afirmou. O prefeito garante que as barracas não serão retiradas das pessoas e que a ideia é oferecer moradias em procedimento integrado para convencimento da população com equipes de assistência social e de saúde. Em último caso, sem convencimento, a gestão estuda oferecer um local para montagem das barracas somente durante o período da noite. Além do coronel Camilo, o prefeito de São Paulo também empossou outras cinco autoridades, entre elas o novo secretário municipal de inovação e tecnologia, Bruno Lima. Nunes tem promovido mudanças nos cargos responsáveis pela gestão da cidade. Ele exonerou os subprefeitos de Capela do Socorro e de Pinheiros após criticar o serviço de zeladorias nessas áreas.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini