A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prometeu investigar “com legalidade, rapidez e transparência” o caso de abordagem policial que terminou com uma criança de 3 anos baleada, no Arco Metropolitano, na Baixada Fluminense (RJ). Como ação sobre o ocorrido, a corporação informou que os três agentes envolvidos foram afastados preventivamente, para investigar as circunstâncias do caso.
Heloísa dos Santos Silva foi atingida por disparos na coluna e na cabeça quando estava dentro do carro da família, que voltava de uma viagem. De acordo com PRF, o caso é apurado pela Corregedoria, e a corporação vai colaborar com as investigações da Polícia Judiciária. A arma do policial que efetuou os disparos, um fuzil, foi apreendida.
Segundo a polícia, o carro que levava a menina de 3 anos baleada durante abordagem da PRF era roubado. O motorista e pai da criança, William Silva, disse que comprou o veículo recentemente e não sabia da irregularidade.
Na tarde desta sexta-feira (8/9), a PRF divulgou uma nota oficial com a informação de que o caso será investigado com toda firmeza e transparência. “Medidas internas preventivas e disciplinares serão reforçadas. Procedimento investigatório já foi instaurado na manhã de hoje (sexta). Reiteramos o que consta da Portaria Interministerial 4226, de 2010: Não é legítimo o uso de armas de fogo contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, a não ser que o ato represente um risco imediato de morte ou lesão grave aos agentes de segurança pública ou terceiros”, diz o texto divulgado nas redes oficiais da PRF.
Estado grave após abordagem da PRF Heloísa estava acompanhada dos pais, da irmã e de uma tia quando foi baleada. A família trafegava pela via expressa, na altura de Seropédica, no momento em que o carro foi perseguido e alvejado, segundo o pai da criança. A família, que mora em Petrópolis, retornava de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio, onde tinha ido passar o feriado de 7 de Setembro.
De acordo com nota do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, de Duque de Caxias, a garota chegou à unidade, levada por uma viatura da PRF, com rebaixamento no nível de consciência e sangrando no couro cabeludo. Ela está sedada e intubada. Seu estado é considerado grave.
Ainda segundo o pai da menina, ele não recebeu ordem de parada quando passou pelo posto da PRF e não foi abordado em momento algum. Mas percebeu que a viatura começou a segui-lo e ficou muito próxima de seu carro.
A PRF diz que expressa “seu mais profundo pesar e solidariza-se com os familiares da vítima, assim como está em contato para prestar apoio institucional”.
O caso foi registrado na 48ª DP (Seropédica) e encaminhado à Polícia Federal (PF), que dará continuidade às investigações.